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Esta startup suiça quer usar IA para facilitar a vida de quem tem movimentos reduzidos

A suíça Daav criou um veículo cuja condução é 100% por computador

Mohsen Falahi, da Daav: a inteligência artificial nos ajuda a ter um serviço inclusivo (Divulgação/Divulgação)

Mohsen Falahi, da Daav: a inteligência artificial nos ajuda a ter um serviço inclusivo (Divulgação/Divulgação)

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 25 de maio de 2023 às 06h00.

No embalo dos carros autônomos, o empreendedor iraniano Mohsen Falahi criou a primeira cadeira de rodas “autônoma” do mundo. Hoje morador da Suíça, Falahi é um dos fundadores da startup Daav, dedicada ao uso de inteligência artificial para facilitar a vida de quem tem movimentos reduzidos. 

O embrião do negócio é um modelo de cadeira de rodas acompanhada de um computador de bordo. A tecnologia ali embarcada permite ao dono da cadeira programar de antemão a rota desejada. O cadeirante pode escolher, entre outras coisas, se quer uma condução feita 100% pelo computador ou com alguma função manual — fazer uma curva, por exemplo.

A ideia é aposentar a função de “condutor de cadeirante”, comum em espaços públicos movimentados. “Basicamente, a inteligência artificial nos ajuda a ter um serviço inclusivo”, diz Falahi, convidado ao Web Summit do Rio de Janeiro para fazer um ­pitch a investidores. 

Aberta em 2018, a startup fechou contrato com o Aeroporto de Zurique, na Suíça, um dos dez mais importantes da Europa. Por lá, os três veículos da Daav já colaboraram para uma economia de 40% com suporte a passageiros cadeirantes. Para além da palestra no Rio, Falahi veio ao Brasil prospectar clientes. O Floripa Airport, terminal na capital catarinense também administrado pela Zurich Airport, concessionária do aeroporto suíço, já demonstrou interesse pela tecnologia.  

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