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Brasil domina ranking das empresas mais valiosas da AL

Pesquisa inédita de Melhores e Maiores revela que seis empresas brasileiras estão entre as dez mais valiosas da América Latina. A Petrobras ocupa o topo do ranking

Mina da Vale, em Carajás: a empresa é a quarta mais valiosa da América Latina (Agência Vale)

Mina da Vale, em Carajás: a empresa é a quarta mais valiosa da América Latina (Agência Vale)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 12h16.

São Paulo - O Brasil domina a lista das empresas mais valiosas da América Latina. Um levantamento da consultoria Economática, feito com exclusividade para a edição Melhores e Maiores 2012, de EXAME, revela que, no bolo das 200 maiores empresas da região por valor de mercado no final de 2011, as companhias sediadas no Brasil representavam 53% do valor total.

No topo da lista, a presença brasileira é ainda maior: das dez primeiras, seis têm sua base aqui: Petrobras, Vale, Ambev, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander. Os dados serão apresentados na edição especial de EXAME que chega às bancas em 5 de julho, trazendo reportagens e rankings sobre negócios na América Latina. 

A liderança é absoluta também em matéria de bolsas de valores — a Bovespa é a mais valiosa e ativa da região. Em 2011, a soma dos valores de mercado de todas as empresas listadas na bolsa brasileira foi praticamente o dobro do valor da Bolsa Mexicana de Valores, a segunda maior entre as latino-americanas.

O contraste com a Argentina é mais gritante: juntas, as três maiores companhias brasileiras de capital aberto — Petrobras, Vale e Ambev — fecharam 2011 valendo o mesmo que a soma das 105 com ações negociadas na bolsa de Buenos Aires.

Neste ano, com a queda dos preços dos papéis, muitas empresas foram desvalorizadas — só a Petrobras perdeu 33 bilhões de dólares do início do ano até 13 de junho. Mas a estatal brasileira se mantém como a número 1 da América Latina.

Além de reunir as empresas de maior valor da região, a Bovespa se destaca pelo dinamismo. Em 2011, movimentou diariamente 3,4 bilhões de dólares em ações, o triplo das bolsas de todos os outros países da região juntas. Olhando para cima, contudo, a situação é diferente.

A NYSE Euronext, bolsa que opera em Nova York e em cinco países europeus, movimenta 200 bilhões de dólares por dia — 60 vezes o volume da Bovespa. A bolsa de Nova York é referência mundial para investidores estrangeiros que buscam ações de companhias latinas.


As ações brasileiras listadas ali movimentam 3 bilhões de dólares por dia, quase o mesmo que a Bovespa negocia com todas as suas empresas. Ou seja, se a Bovespa quiser se tornar referência mundial em América Latina, terá de competir com a NYSE.

“Todas as bolsas da América Latina querem se tornar um hub internacional e atrair o investidor estrangeiro”, diz Fernando Exel, presidente da Economática. A Bovespa recentemente deu um passo nesse sentido listando algumas empresas americanas e outras latinas. Peru, Chile e Colômbia também caminham nessa direção. 

Ter a mais ativa bolsa da América Latina não significa que o mercado brasileiro de capitais já esteja maduro. Um dos indicadores que medem o avanço financeiro de um país é a relação entre o tamanho das economias e o valor das bolsas.

Segundo a Economática, as empresas americanas de capital aberto representavam, em 2011, 93% do PIB do país, enquanto as brasileiras atingiram 48%.

“A bolsa de valores reflete a riqueza e a saúde financeira das empresas de um país”, diz Rodolfo Amstalden, economista da Empiricus, empresa de análise de ações. Ou seja, as bolsas latinas ainda têm muito que crescer.

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