Bitcoin: criptomoeda pode chegar a US$ 1 milhão em 2025? (Victor Vilela/Exame)
Repórter do Future of Money
Publicado em 19 de dezembro de 2024 às 06h00.
Última atualização em 19 de dezembro de 2024 às 10h38.
Com uma alta de 140% em 2024, o bitcoin superou os 100.000 dólares pela primeira vez, marcando um novo ciclo de valorização. Entre os fatores que impulsionaram a criptomoeda estão o lançamento de ETFs nos Estados Unidos, cortes de juros pelo Federal Reserve e a vitória de Donald Trump nas eleições, adotando discurso pró-cripto.
Além disso, ocorreu o halving, evento que reduz pela metade a emissão de bitcoins pela mineração, aumentando sua escassez e valor.
O cenário de incertezas econômicas e geopolíticas, combinado com o halving, consolidou o bitcoin como “ouro digital”. “A vitória de Trump foi crucial para o mercado. Ele formalizou apoio aos criptoativos, enviando um sinal positivo”, diz Samir Kerbage, CIO da Hashdex.
Kerbage destaca três elementos para o futuro da criptomoeda:
→ Regulação - Promessa de Trump para gerar mais clareza no mercado.
→ Institucionalização - Apesar dos ETFs, muitos investidores institucionais ainda não entraram fortemente no bitcoin.
→ Macroeconomia - Planos de estímulo da China e cortes de juros nos EUA podem injetar liquidez, beneficiando ativos de risco.
Outro fator relevante é a possibilidade de o bitcoin tornar-se reserva de valor estatal. El Salvador já o faz, e projetos semelhantes estão em análise nos EUA e no Brasil, o que pode impulsionar a demanda e os preços.
Depois de atingir 100.000 dólares, será que o bitcoin chegará a 1 milhão de dólares? Segundo Kerbage, se o cenário-base de 2025 se concretizar, poderá passar 1 milhão de reais (150.000 dólares).
Projeções mais otimistas, como a da gestora Bernstein, apontam 200.000 dólares em 2025. Já a Ark Invest, de Cathie Wood, prevê 1 milhão de dólares até 2030, dependendo da adoção institucional e da demanda.
João Pedro Malar