Revista Exame

Visão Global | Bem nos negócios, mal na saúde

Singapura supera os Estados Unidos e assume a dianteira no ranking anual de competitividade dos países do Fórum Econômico Mundial

São Francisco, nos Estados Unidos: o país perdeu a liderança no ranking de competitividade, mas é o melhor em dinamismo nos negócios e inovação | Jason Henry/The New York Times/Fotoarena

São Francisco, nos Estados Unidos: o país perdeu a liderança no ranking de competitividade, mas é o melhor em dinamismo nos negócios e inovação | Jason Henry/The New York Times/Fotoarena

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 24 de outubro de 2019 às 05h08.

Última atualização em 24 de outubro de 2019 às 14h46.

ESTADOS UNIDOS

Os Estados Unidos perderam para Singapura o primeiro lugar no ranking de competitividade dos países elaborado anualmente pelo Fórum Econômico Mundial. Segundo a entidade, os americanos cederam terreno em categorias importantes, como as que medem a situação da saúde e da abertura ao comércio exterior.

Produzido desde 1979, o Índice de Competitividade Mundial avalia 141 países em 12 categorias, que reúnem 103 indicadores atribuindo pontuações de 0 a 100. A nota máxima é digna de um país “na fronteira da competitividade”. Na lista de 2019, Singapura obteve 84,3 pontos; e os Estados Unidos, 83,7.

Apesar da queda no ranking geral, os Estados Unidos continuam a ser uma poderosa força em inovação e negócios e o país mais competitivo entre as grandes economias do mundo, ocupando o primeiro lugar em dinamismo nos negócios, capacidade de adaptação aos negócios digitais, facilidade de encontrar mão de obra qualificada e agilidade na criação de empresas. A pior posição está na categoria saúde. O país fica em 55o lugar, não muito distante do Brasil (75o). A razão? A expectativa de vida dos americanos caiu no último ano.


BEM-ESTAR

OS EUROPEUS PEDEM REFORMAS

Berlim: o custo de moradia é a maior preocupação dos alemães | Mickis-Fotowelt/GETTY IMAGES

As mudanças políticas nos últimos anos não têm conseguido satisfazer as demandas da população europeia. Os franceses preocupam-se com o desemprego. Os italianos, com os altos impostos. E mesmo os alemães, que estão mais satisfeitos com a economia, temem agora o rápido aumento dos custos de moradia. A conclusão é de um estudo recente da seguradora Allianz que ouviu 3 000 pessoas na Alemanha, França e Itália. A pesquisa revelou que as pessoas estão ansiosas por reformas, principalmente nas áreas sociais.


COMÉRCIO EXTERIOR

CONFIANÇA NO NOVO NAFTA

Assinatura do tratado USMCA: até agora, só o México ratificou o acordo | Tom Brenner/The New York Times/Fotoarena

O Acordo Estados Unidos-México-Canadá (mais conhecido pela sigla USMCA, em inglês) foi assinado pelos presidentes dos três países em outubro do ano passado após meses de negociações para a substituição do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), que vigorava desde 1994. Quase um ano depois da assinatura do documento, até agora apenas o México seguiu adiante com sua ratificação, mas executivos de empresas baseadas nos três países acreditam que todos os signatários vão confirmar o acordo.

Segundo uma sondagem conduzida pela consultoria TMF Group com 1 500 executivos, 68% demonstraram confiança nessa aprovação. Os empresários entrevistados também disseram estar otimistas de que o USMCA trará mais investimentos estrangeiros para seu país (35%). O ânimo dos entrevistados parece não ter sido abalado pelas notícias de desaceleração da economia global nos próximos anos: a maioria deles acredita, ainda, que a implementação do USMCA trará impactos positivos na região.

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