Revista Exame

Auxílio da metrópole para o interior do país

O grupo de medicina diagnóstica Fleury destaca funcionários para organizar o atendimento a populações pobres no sertão nordestino e na região amazônica

Grupo Fleury (Germano Lüders/Exame)

Grupo Fleury (Germano Lüders/Exame)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 16 de novembro de 2017 às 05h02.

Última atualização em 16 de novembro de 2017 às 05h02.

Uma das mais bem conceituadas redes de medicina diagnóstica do país, fundada em 1926 em São Paulo, o Grupo Fleury tem um setor na empresa dedicado a discutir estratégias e cuidar de implementá-las. O tema é tratado em três áreas distintas. São elas: estratégica, tática e médica. Nesta última, existem ações de mobilização social, em parceria com ONGs que passam por processos de seleção bastante criteriosos, e que levam funcionários da instituição, acostumados a lidar com as classes A e B das grandes metrópoles, para municípios menores com outras realidades e necessidades.

No ano de 2017, o Fleury destaca três projetos. O primeiro é o Voluntários do Sertão, que já está na 17a edição. Em Irecê, no interior da Bahia, voluntários do laboratório passaram uma semana fazendo exames de mamografia, ultrassonografia, eletrocardiograma, colposcopia, atendimentos clínicos e exames de sangue e urina. A rede também convocou 325 jovens da região para auxiliar na empreitada. Ao todo, 4 500 atendimentos foram realizados.

Outra parceria foi com a Amigos do Bem. Dezoito voluntários realizaram o mutirão no povoado de Catimbau, em Buíque, no sertão pernambucano. “Eles passaram um fim de semana no local. Havia, inclusive, pediatras”, diz Eduardo Marques, diretor de pessoas e sustentabilidade do Grupo Fleury. Foram realizados 2 322 procedimentos, entre eles atendimentos clínicos, exames de sangue e ultrassonografias.

O grupo de medicina diagnóstica já havia realizado trabalhos com essas duas ONGs. Mas em 2017 começou um trabalho conjunto com os Doutores das Águas, que fazem atendimento médico em barcos para populações ribeirinhas no Amazonas. Os voluntários colheram cerca de 200 amostras de exames com o objetivo de verificar a existência de parasitas intestinais naquela comunidade. O material foi trazido para São Paulo. “Cerca de 80% das amostras apresentaram alguma verminose, uma realidade completamente diferente da encontrada em nossas unidades”, diz Marques. Com isso, os próprios funcionários do Fleury ganham conhecimento e experiência.

Além disso, diversos programas de gestão ambiental são acompanhados pela empresa, sendo os principais relacionados à diminuição da geração de resíduos e à economia de recursos naturais, como energia, água e papel. Desde os anos 90, o Fleury realiza a coleta seletiva e destina adequadamente outros materiais com impacto negativo no ambiente, como reagentes químicos e filmes de raios X.

Acompanhe tudo sobre:EXAME 50 AnosFleuryRevista EXAMESaúde

Mais de Revista Exame

Borgonha 2024: a safra mais desafiadora e inesquecível da década

Maior mercado do Brasil, São Paulo mostra resiliência com alta renda e vislumbra retomada do centro

Entre luxo e baixa renda, classe média perde espaço no mercado imobiliário

A super onda do imóvel popular: como o MCMV vem impulsionando as construtoras de baixa renda