Revista Exame

MM 2023: astros alinhados fizeram a Suzano ser destaque entre as empresas de papel e celulose

Preço da celulose, taxa de câmbio e bom desempenho operacional deixaram a Suzano à frente dos concorrentes em 2022

Walter Schalka, CEO da Suzano: recordes e evolução nos indicadores ESG (Leandro Fonseca/Exame)

Walter Schalka, CEO da Suzano: recordes e evolução nos indicadores ESG (Leandro Fonseca/Exame)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 14 de setembro de 2023 às 06h00.

Última atualização em 14 de setembro de 2023 às 09h19.

“Uma combinação quase perfeita de alinhamento dos astros.” É assim que Walter Schalka, CEO da Suzano, descreve o resultado da companhia em 2022. A empresa foi beneficiada pelo aumento de preço da celulose ao longo do ano. Além dos fatores externos, o executivo aponta a eficiência operacional da companhia. No ano passado, a geração de caixa da Suzano foi de 22,6 bilhões de reais, um aumento de 20% em comparação a 2021.

A companhia zerou as emissões e aumentou a captura de carbono, além de reduzir o consumo de água e as emissões de resíduos. Os indicadores de diversidade também foram destaque, com o aumento de mulheres e negros nos quadros. “Tivemos recordes em muitas áreas. E evolução importante de indicadores ESG, o que foi uma combinação muito positiva”, diz.

Ao analisar o ano de 2023 para a Suzano, Schalka afirma que o cenário está mais complexo. Um dos motivos é a queda no preço da celulose, de 860 dólares a tonelada para 530 dólares. “Costumo falar que a celulose sobe de escada e desce de elevador. O preço caiu de uma forma muito rápida. Além disso, tivemos uma redução no câmbio, que tem jogado contra.”

Apesar das dificuldades, ele afirma que a empresa tem histórico de ser resiliente em cenários adversos. “Mesmo em um ambiente mais difícil, devido ao fato de nosso custo-caixa ser inferior ao dos competidores internacionais, a companhia continua gerando caixa”, afirma.  


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