Revista Exame

Como grupos de suporte e voluntários transformam empresas e sociedade

Grupos de afinidade e ações de voluntários transformam empresas e sociedades

Grupo de equidade da Salesforce marcha durante o Martin Luther King Jr. Day nos EUA (Chloe Jackman/Divulgação)

Grupo de equidade da Salesforce marcha durante o Martin Luther King Jr. Day nos EUA (Chloe Jackman/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2021 às 06h00.

Falar de igualdade, tanto no ambiente corporativo quanto nas comunidades onde vivemos, é uma pauta complexa. Precisamos levar em conta a história e as particularidades de cada grupo e ainda olhar isso sob a ótica e a cultura de cada organização ou comunidade.

Nesse contexto — e com um olhar de dentro das organizações para elas mesmas e para as comunidades à sua volta —, acredito na potência de duas ferramentas: os grupos de afinidade (ou ERG, employee resource group) e as ações de voluntariado. Unidas, elas potencializam a capacidade das empresas de se transformarem em plataformas para o bem da sociedade.

Os ERGs, por definição, são ações de voluntariado por si sós e tradicionalmente incluem ações de voluntariado. Mas não necessariamente ERGs precisam existir para que uma organização tenha uma cultura de voluntariado.

Os grupos de afinidade têm dois grandes papéis em uma organização: serem um lugar seguro e de apoio aos membros da comunidade que representam (negros, LGBTQIA+, mulheres, PCDs etc.) e serem uma estrutura de apoio e estímulo para que todas as áreas da empresa, e que são formalmente responsáveis por contratar pessoas, escrever políticas, se relacionar com o mercado etc., reflitam e promovam ainda mais a igualdade.

Os ERGs podem apoiar os líderes e departamentos em questões que vão desde dúvidas simples no dia a dia com funcionários (“Tenho um funcionário negro. Devo falar negro ou preto?”) até temas como busca de candidatos, educação geral dos funcionários e, olhando para a comunidade externa, ações de voluntariado.

Aqui na Salesforce temos ERGs mundialmente organizados para mais de dez temas. Neste ano, lidero o BOLDforce Brasil, grupo de afinidade para a comunidade preta no país. Entre nossos principais pilares de trabalho para este ano estão a aproximação com a liderança, ser um lugar seguro dentro da empresa para membros da comunidade preta e, por intermédio de voluntariado, a contribuição para o desenvolvimento profissional de pessoas pretas na sociedade.

Na Salesforce podemos usar nossos próprios produtos para capacitar a comunidade e promover qualificação técnica para atuar no mercado de trabalho utilizando, implantando ou mantendo soluções Salesforce para apoiar equipes comerciais, de marketing, atendimento ao cliente e/ou comércio eletrônico. O Trailhead, nossa plataforma online gratuita de aprendizagem, faz parte desse esforço de capacitação.

Aqui deixo duas dicas na promoção de voluntariado nas empresas: em primeiro lugar, identifique as pessoas aliadas de determinada causa, inclusive no próprio trabalho voluntário, pois elas podem ter uma participação mais ativa em iniciativas transformadoras; e, em segundo, ajudar o próximo e ter consciência disso é impagável! A sensação de participar de uma ação de voluntariado aproxima as pessoas da causa que as envolve e vai muito além da rotina corporativa. Essa vivência fortalece o vínculo dos profissionais com a marca que representam tanto quanto com as pessoas com quem se relacionam.

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