R.E.M. at the BBC (box 8 CDs + 1 DVD) R.E.M. US$ 80 (R.E.M./Divulgação)
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2018 às 05h28.
Última atualização em 8 de novembro de 2018 às 05h28.
MÚSICA
Em 30 anos de existência, a banda americana R.E.M. teve a rara qualidade de unir sensibilidade artística enigmática com hits de massa (pense em quantas vezes você já ouviu Everybody Hurts ou Losing My Religion). E foi tão atuante que pôde fazer uma retrospectiva de carreira apenas com material inédito. A caixa R.E.M. at the BBC reúne participações em programas de rádio e TV da estatal de mídia britânica, e também de shows transmitidos ao vivo. Além dos sucessos, há pérolas como E-Bow the Letter com Thom Yorke, do Radiohead.
Restam poucas lendas vivas do jazz. Por isso, os shows do americano Herbie Hancock em São Paulo e no Rio de Janeiro são obrigatórios para quem aprecia o gênero. O pianista, de 78 anos, firmou-se na década de 60 com os clássicos Watermelon Man e Cantaloupe Island (ele ainda toca os dois) e como membro do quinteto de Miles Davis. Depois, não teve medo de misturas com o pop — em seu último álbum inédito, The Imagine Project (2010), recriou Beatles, Bob Dylan e Bob Marley com convidados que incluíam a cantora brasileira Céu.
CINEMA
Um papel marcante pode estigmatizar uma carreira. Por isso, a inglesa Claire Foy começa a se dissociar da atuação como a jovem rainha Elizabeth II em duas temporadas de The Crown — ela não estará nas próximas devido ao avanço cronológico. Para a guinada, a atriz encarna a hacker Lisbeth Salander em Millennium: A Garota na Teia de Aranha, segundo longa hollywoodiano (há outros três suecos) baseado na série literária policial de Stieg Larsson. Foy assume o lugar que foi de Rooney Mara em Millennium: Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, de 2011.
LIVRO
A América da Era Trump não rende somente livros de não ficção, e Gary Shteyngart não esperou muito para explorar criativamente a fase atual da sociedade americana. No romance Lake Success, o escritor (que migrou da então União Soviética para os Estados Unidos ainda criança) mantém o humor demonstrado em livros publicados no Brasil, como Fracassinho e Absurdistão. O protagonista é um investidor de Wall Street em crise existencial cuja viagem de autodescoberta resulta em choques de realidade irônicos.