Revista Exame

Bayer lança centro de inovação em SP em parceria com startups

A multinacional química alemã está fazendo do Brasil seu centro de desenvolvimento de soluções para a América Latina

Marc Reichardt, presidente da Bayer no Brasil: investimento mostra como o país é importante (Divulgação/Divulgação)

Marc Reichardt, presidente da Bayer no Brasil: investimento mostra como o país é importante (Divulgação/Divulgação)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 3 de dezembro de 2020 às 05h08.

A companhia química Bayer acaba de lançar em São Paulo o LifeHub. O centro de inovação aberto por meio de parceria com startups é o oitavo da multinacional de origem alemã no mundo, porém o único com atuação nos três negócios da Bayer — consumo, agrícola e farmacêutico —, e vai desenvolver soluções para toda a América Latina.

Para o lançamento, foram investidos 10 milhões de reais no espaço físico de 1.500 metros quadrados a ser utilizado por um ecossistema já formado por mais de 100 startups, além de 60 funcionários da Bayer.

A novidade também motiva ações como treinamentos remotos em inovação para mais de 1.100 funcionários e mais de dez sessões internas e remotas de cocriação para encontrar soluções para desafios de clientes com áreas-chave da Bayer, envolvendo mais de 120 pessoas.

“O LifeHub vai facilitar a criação de novos serviços e produtos. Começamos a estruturá-lo em janeiro e, com a chegada da pandemia de ­covid-19 ao Brasil, mais de 200 funcionários enviaram sugestões, e alguns projetos foram colocados em prática para minimizar os impactos deste momento único na história”, diz Marc Reichardt, presidente da Bayer no Brasil.

O LifeHub faz parte de um plano da companhia, que investe 16% do faturamento global anual em pesquisa e desenvolvimento. A empresa está empenhada para reestruturar políticas internas e externas como parte de um planejamento chamado Bayer 2022. O objetivo é alcançar metas de crescimento, como o aumento das vendas de 44,6 bilhões de euros em 2018 para cerca de 52 bilhões de euros em 2022.

No Brasil, esse movimento é intensificado também com a compra da fabricante de defensivos agrícolas Monsanto em 2018 e a chegada de Reichardt no mesmo período. “A Bayer já era muito grande e a Monsanto também. A integração das duas empresas reforça como o Brasil é importante para a companhia”, afirma.

O país é o segundo mais relevante no mundo em todo o negócio e, na divisão nomeada Consumer ­Health, é três vezes maior do que o México, o segundo maior mercado na região. “Para continuar nos destacando, precisamos entender como ser um parceiro da sociedade em um mundo hiperconectado e de inovações constantes.”

(Arte/Exame)

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