Revista Exame

A vez da mobilidade elétrica: as estratégias da Kinsol para atingir um faturamento de R$ 102 milhões

Passada a “corrida do ouro” no mercado de energia solar, a Kinsol quer avançar no mercado de recarga de carros elétricos

Mauricio Crivelin, da Kinsol: “Vamos investir 150 milhões de reais para instalar 1.000 eletropostos ultrarrápidos de recarga de veículos elétricos” (Leandro Fonseca/Exame)

Mauricio Crivelin, da Kinsol: “Vamos investir 150 milhões de reais para instalar 1.000 eletropostos ultrarrápidos de recarga de veículos elétricos” (Leandro Fonseca/Exame)

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 25 de janeiro de 2024 às 06h00.

Os próximos dois anos devem representar uma guinada para a -Kinsol, um negócio que cresceu com a compra de equipamentos para a geração de energia solar, como placas, inversores e baterias, e a revenda numa rede de lojas franqueadas. A empresa de Uberaba, em Minas Gerais, prevê que a mobilidade elétrica vai superar a divisão de energia solar já neste ano e acelerar a sua expansão. Em 2023, a Kinsol faturou 31 milhões de reais, queda de 47% em relação aos números obtidos um ano antes, quando aproveitou o boom de energia solar para obter uma receita de 59 milhões de reais. O resultado de 2022, com crescimento de 1.297% na comparação com 2021, levou a mineira à primeira posição na categoria de 30 milhões a 150 milhões de reais do Ranking -EXAME Negócios em Expansão 2023.

O período mais desafiador ao longo dos últimos meses fez o negócio avançar nos planos de mobilidade elétrica, até como forma de agregar novas receitas a seus 350 franqueados atualmente. “Eu falo que é das dificuldades que nós tiramos as oportunidades”, afirma Mauricio Crivelin, CEO da Kinsol. A empresa tinha uma atuação tímida no setor, basicamente com estações de recarga de conveniência, aquelas vistas em shoppings e supermercados. “Em 2022, nós vendíamos seis por mês. Hoje, vendemos isso por dia. Melhorou muito, até mesmo pela queda do preço dos carros elétricos.” Atualmente, são cerca de 300 postos da Kinsol pelo país, muitos deles contratados por montadoras como Volvo e Stellantis.

O grande plano, porém, é a instalação de 1.000 eletropostos de recarga ultrarrápidos na cidade e na região metropolitana de São Paulo, estado que concentra o mercado de carros elétricos, até 2025. O modelo permite a recarga total de um carro no intervalo entre 20 e 40 minutos — o de conveniências leva em torno de 6 a 10 horas. Para fazer o projeto andar, a empresa tem um plano de investimentos de 150 milhões de reais. A movimentação, pelos cálculos da companhia, vai contribuir para um faturamento de 102 milhões de reais em 2024, alta de 229% sobre 2023 — 60 milhões de reais já viriam da frente de mobilidade.

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