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Na disputa com gigantes, a Petland aposta na união dos pequenos para crescer

Com a Petland, Rodrigo Albuquerque abre e converte pequenos pet shops de olho no mercado de bairro

Rodrigo Albuquerque, CEO da Petland: “Em 2025, devemos entrar num novo grande ciclo de crescimento” (Petland/Divulgação)

Rodrigo Albuquerque, CEO da Petland: “Em 2025, devemos entrar num novo grande ciclo de crescimento” (Petland/Divulgação)

Isabela Rovaroto
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 23 de maio de 2024 às 06h00.

Última atualização em 23 de maio de 2024 às 14h57.

Na ponta contrária à estratégia de consolidação das grandes redes do mercado pet, com megalojas e presença robusta no e-commerce, o empresário Rodrigo Albuquerque, CEO da Petland, está de olho nos pet shops de bairro, donos da maior fatia do mercado pet no Brasil. Com a abertura de franquias pequenas e a conversão desses espaços, a Petland soma 160 unidades. Em 2014, a primeira loja da rede foi aberta no bairro da Mooca, na zona leste de São Paulo, como marca licenciada dos Estados Unidos e que opera de forma independente no país.

A conversão de unidades, responsável pela metade das lojas atuais, ocorre por prospecção direta da franqueadora, em estudos de pontos estratégicos, ou pelo interesse de pequenos empreendedores. “Com a fusão entre Cobasi e Petz, o número de interessados em conversão aumentou 25%”, diz Albuquerque. Sem uma marca forte, muitos desses pet shops não conseguem se diferenciar, e a adesão à rede aparece como opção. “Com a Petland, o pet shop de bairro passa a oferecer mais de 1.000 itens exclusivos da marca própria da rede”, diz. Na administração, a adesão contribui também para encarar outras dificuldades: da gestão do dia a dia à negociação dos preços dos produtos, com o poder de barganha que uma rede pode oferecer. Nas franquias da marca, a recorrência de compra vem a partir de serviços como banho e tosa, aplicação de vacinas e, em algumas unidades, consultas veterinárias.

Desde 2021, a rede tem como sócio o Grupo Jereissati. Num contexto de boom de investimentos no mercado pet, a holding que controla o shopping Iguatemi procurou a franqueadora e hoje detém 25% do negócio. A sociedade garantiu uma governança mais estruturada e impulsionou o crescimento.

O número de lojas saltou em 2022, quando a Petland abriu 78 unidades. No ano passado, entraram mais 30, e para 2024 outras 15 estão previstas. “Queremos consolidar as operações inauguradas nos últimos anos. Estamos olhando mais para qualidade e menos para quantidade, assim como todo o varejo nacional. Em 2025 devemos entrar num novo grande ciclo de crescimento”, diz Albuquerque. A Petland não abre o faturamento, mas, segundo o CEO, a receita cresceu quatro vezes entre 2021 e 2023.

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