Nokia (Foto/Divulgação)
Lucas Agrela
Publicado em 4 de junho de 2020 às 05h00.
Última atualização em 12 de fevereiro de 2021 às 12h54.
O Brasil é desafiador até para empresas que se destacam mundo afora. Por isso, fabricantes internacionais de celulares têm buscado parceiros locais para lidar com as dificuldades de um país de dimensão continental. Esse é o caso da finlandesa HMD Global, empresa responsável pelo retorno da marca Nokia ao mercado de celulares. A companhia acabou de se aliar à brasileira Multilaser para trazer ao país seu novo smartphone, o Nokia 2.3. “Trabalhar com uma empresa local séria e bem estabelecida é uma estratégia interessante para distribuir produtos de forma eficiente e evitar armadilhas”, diz Alexandre Ostrowiecki, presidente da Multilaser.
Florian Seiche, presidente mundial da HMD Global, afirma que, mesmo num momento econômico desfavorável como agora, o mercado brasileiro é prioridade para a empresa.
Há um ano, outra empresa fazia o mesmo movimento: a chinesa Xiaomi. A companhia é a quarta fabricante que mais vende celulares no mundo, pouco atrás da Apple. A aliada em sua segunda incursão no Brasil é a mineira DL.
“Além de conhecer o mercado, é preciso conhecer o consumidor brasileiro. Às vezes, uma cor específica ajuda um produto a ser mais vendido”, diz Luciano Neto, chefe da operação da Xiaomi no Brasil. A EXAME apurou que a Xiaomi tinha 0,7% do mercado de smartphones no quarto trimestre de 2019. A Positivo Tecnologia também representa empresas internacionais, como a companhia de acessórios Anker e a marca japonesa de notebooks Vaio. Para Renato Meireles, analista sênior da consultoria IDC, as empresas brasileiras locais auxiliam as fabricantes internacionais a competir no país. “As companhias brasileiras têm presença forte no varejo e ajudam as multinacionais a entender a cadeia de vendas do país. E, em alguns casos, a parceria de montagem local também ajuda a praticar preços menores ao consumidor”, afirma Meireles.