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Como fazer — A ordem na gaúcha Herval é se adaptar ao Nordeste

Confira o exemplo da fabricante de móveis e colchões gaúcha que teve de adaptar a mão de obra local para o seu próprio negócio

Fábrica da gaúcha Herval em Pernambuco: mão de obra local | Divulgação /

Fábrica da gaúcha Herval em Pernambuco: mão de obra local | Divulgação /

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Aline Scherer

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 05h00.

Última atualização em 3 de agosto de 2018 às 10h15.

Ao decidir construir uma fábrica em Bezerros, município no agreste pernambucano onde a principal atividade econômica é a agropecuária, a diretoria da fabricante gaúcha de móveis, estofados e colchões Herval teve o desafio de contratar mão de obra local. Com incentivos fiscais, a empresa foi a primeira a se instalar no recém-criado polo industrial às margens da BR-232 e a pouco mais de 2 horas do Porto de Suape. As únicas fábricas presentes na cidade, situada a 100 quilômetros de Recife, eram de doces e bolos. A primeira decisão dos recrutadores da Herval foi eliminar o pré-requisito de os candidatos terem cursado o ensino médio. E investiram no intercâmbio com funcionários da sede, em Dois Irmãos, no Rio Grande do Sul. A fábrica, inaugurada em junho de 2016, tem 261 funcionários, 97% contratados localmente. O índice de produtividade da fabricação de colchões já quase se equipara ao da matriz. “Sem a segunda fábrica, o custo de logística inviabilizaria os negócios no Norte e Nordeste”, diz Agnelo Seger, presidente do Grupo Herval, que fatura mais de 3 bilhões de reais por ano. A distância máxima para entregas aos varejistas na região hoje representa menos de um quarto do que era antes. A região também é estratégica para acelerar as exportações. Veja a seguir o passo a passo.

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