Revista Exame

A ilha da fantasia restaurada em hotel de Montenegro

Com um histórico hollywoodiano, o recém-restaurado hotel Aman Sveti Stefan, localizado numa vila de pescadores do século 15 em Montenegro, esbanja requinte

A pérola do adriático: o trabalho de restauração manteve intacto o exterior das casas (Creative Commons/Wikimedia Commons)

A pérola do adriático: o trabalho de restauração manteve intacto o exterior das casas (Creative Commons/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2012 às 16h49.

São Paulo - Marilyn Monroe, Elizabeth Taylor, Richard Burton, Kirk Douglas... O que não falta na história do hotel localizado em Sveti Stefan, uma vila de pescadores do século 15 em Montenegro, na extinta Iugoslávia, são estrelas.

Consta que certa vez Sophia Loren, incomodada com um prato servido no restaurante do hotel, levantou-se e tomou o rumo da cozinha para ensinar o chef a fazer um verdadeiro espaguete à carbonara.

Isso tudo foi nos anos 60, quando a Iugoslávia ainda era comunista, o hotel, recém-criado, era obviamente estatal e o lugar, abençoado por um mar cinematográfico, foi descoberto por atores de Hollywood após uma filmagem feita nas redondezas.

Com as guerras que abalaram os Bálcãs nos anos 90, o Sveti Stefan entrou em decadência e só começou a ser recuperado depois que o grupo hoteleiro Aman Resorts, de Singapura, ganhou a concessão para administrá-lo, em 2007.

Após quatro anos de reformas, que contaram com fundos do governo local, o novo hotel está completamente pronto, o que inclui toda a ilha — onde há 50 quartos, um diferente do outro — e outras oito suítes localizadas num prédio logo à frente, no continente.

"Como se trata de um lugar histórico, o trabalho de restauração, além de envolver arqueólogos, foi lento", diz Adrian Zecha, fundador da Aman Resorts. Na parte externa de prédios e casas, nenhuma grande mudança foi permitida — nem mesmo para pendurar luzes modernas nos caminhos.

É justamente o conjunto arquitetônico bem conservado que dá ao hotel um ar de fantasia, de uma viagem no tempo, com suas árvores e capelas centenárias, vielas e escadarias em pedra. No lugar conhecido como Piazza, onde ainda há um velho poço, estão as quatro opções de restaurante da ilha e o bar para os apreciadores de charutos.

Quem não se satisfaz com essas alternativas pode cruzar a passagem em direção ao continente, onde está o restaurante da outra parte do hotel. Nos quartos da ilha, o grupo Aman, reconhecido pelo requinte, não economizou no design dos móveis especialmente concebidos para o lugar.

Os brasileiros interessados em conhecer essa parte do mundo não precisam de visto para entrar em Montenegro. O maior desafio mesmo é abrir o bolso. A diária mais em conta não sai por menos de 1.000 dólares e a mais cara custa 3.600 dólares.

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