COP28, em Dubai: compromisso pela redução de combustíveis fósseis e preparação para o evento no Brasil (Leandro Fonseca/Exame)
Diretor de redação da Exame
Publicado em 21 de dezembro de 2023 às 06h00.
Num mundo cada vez mais incerto e intenso, podemos cravar algumas tendências para 2024 sem muito medo de errar. Nossa edição especial de fim de ano está recheada delas, com todas as suas complexidades. Teremos pela frente um ano com recordes de temperaturas, reforçando os alertas para a urgência do controle no uso de combustíveis fósseis. Nosso time de jornalistas, liderado pelos editores Luciano Pádua e Rodrigo Caetano, mostra, desde Dubai, como a COP28 buscou dar respostas mais contundentes para a emergência do clima, preparando o terreno para o evento de 2025, no Brasil. Em 2024 teremos, também, um ano marcado por conflitos e disputas de fronteiras, na Europa, no Oriente Médio e até na América do Sul. Mas teremos, também, um ano com democracia em ebulição: mais de 2 bilhões de eleitores em mais de 70 países vão às urnas em 2024, um recorde histórico que não se repetirá tão cedo. A lista começa com a turbulenta eleição em Taiwan, cercada pela ameaça de um conflito com a China, e desemboca, no fim do ano, com a não menos intensa disputa nos Estados Unidos, que colocará novamente Joe Biden e Donald Trump frente a frente.
No campo dos negócios, a JBS, maior empresa de alimentos do mundo, continuará crescendo em 2024, com chuva, sol, calor ou muito calor. A empresa que estampa a capa desta edição da EXAME é um caso raro de companhia nascida em um país emergente a liderar o mercado global em seu segmento, deixando gigantes como Nestlé ou Pepsico para trás. Nossa reportagem, conduzida pelo diretor de Redação, Lucas Amorim, e pelo repórter de Invest, Guilherme Guilherme, mostra os planos da companhia para não só seguir expandindo a receita, mas, sobretudo, aumentar seu valor de mercado. O desafio da vez é mostrar aos investidores que a JBS merece valer mais que os atuais 50 bilhões de reais. É uma tarefa que inclui ações tão diversas quanto fábricas mais modernas, mais investimento em formação de pessoas, compromissos ambientais ambiciosos e novos negócios, como o de pescados ou o de carne cultivada — a picanha 100% feita em laboratório chegará talvez já em 2024 aos consumidores.
Mas o ano que começa também tem uma boa leva de possibilidades, que estão devidamente tratadas nesta edição. O carro voador finalmente voará? O hidrogênio verde se converterá de vez num negócio de bilhões? Novos remédios arrasa-quarteirão, estilo Ozempic, chegarão às farmácias? Os queijos brasileiros terão um ano histórico após uma série de boas novidades? E os vinhos da Campanha Gaúcha, subirão de patamar como se prevê? Para fechar: os Jogos Olímpicos de Paris serão de fato os mais disputados — e charmosos — da história? Sucesso e bons negócios neste ano quente à frente!