Revista Exame

A flexibilização do dress code

Managing partner da Yuool, Eduardo Rocha diz que o modelo híbrido de trabalho mudou a forma como nos vestimos

Eduardo Rocha, sócio da Yuool (Marcelo Pereira/Fotoka/Divulgação)

Eduardo Rocha, sócio da Yuool (Marcelo Pereira/Fotoka/Divulgação)

DS

Daniel Salles

Publicado em 2 de maio de 2022 às 10h00.

Última atualização em 2 de maio de 2022 às 12h39.

A pandemia mudou o dress code do trabalho para sempre? 

Na pandemia as pessoas se acostumaram a se vestir com mais conforto para trabalhar. E é difícil abrir mão disso. Agora as companhias dão muito mais flexibilidade aos funcionários, que passaram a ter liberdade para dar uma passada no escritório só às vezes. Na maioria do tempo, estão trabalhando de casa. A dinâmica do trabalho mudou, o que acabou impactando o dress code dele.

Os faria Limers mudaram o jeito de se vestir para ir ao escritório? 

Acredito que os trajes evoluam. Antes, para qualquer evento formal, a gravata era obrigatória. Depois ela passou a ser opcional. Em seguida, o blazer virou item facultativo e a calça social deu lugar à cáqui. Os códigos evoluem e sempre na mesma direção: a do conforto. Para trabalhar, roupas mais confortáveis viraram as preferidas. Só que conforto não significa, necessariamente, falta de elegância. É por isso que a camisa social para dentro da calça continua em alta. Para estar confortável não é preciso se vestir com desleixo.  

O dress code do mercado financeiro também foi impactado?

Antes esse universo era restrito a poucas pessoas. Mas está mais popular, a ponto de a B3 ter registrado, recentemente, a maior entrada de CPFs de sua história. Chegou muita gente nova, o que mudou o perfil de quem atua no mercado financeiro. O estilo de vida não é o mesmo de antigamente, nem o jeito de se vestir. 

As pessoas passaram a se vestir melhor para o home office? 

A fase do pijama o dia todo passou. Com a flexibilização da quarentena e o fim dela, as pessoas passaram a intercalar o trabalho remoto com programas no meio da tarde, por exemplo. E daí começaram a se vestir melhor. O produto que lançamos na pandemia [a pantufa Yuool Home] levou tudo isso em conta. É para quem está trabalhando de casa, mas também precisa sair para passear com o cachorro. A nossa meta sempre foi esta: criar calçados funcionais e versáteis. 

De onde veio a ideia de criar um tênis que serve para trabalho e exercícios, o Yuool Fit? 

Veio de nossos clientes e também de nossas demandas pessoais. Eu poderia ter vindo trabalhar de camisa hoje, mas vim de camiseta e calça cáqui. Não importa. Na hora de ir embora, posso colocar uma bermuda e ir correndo para casa ou sair diretamente para a academia, sem mudar de tênis. Essa funcionalidade faz toda a diferença. 

Por que os calçados da marca são genderless e ageless? 

Porque a grife surgiu no século 21. Nossos produtos vão do número 33 ao 45. O gênero quem define são os clientes, não temos nada a ver com isso. E também acreditamos que pessoas de todas as idades têm direito a conforto. 

Quais peças não podem faltar no guarda-roupa de ninguém?

Em primeiro lugar, um Yuool [risos]. Depois uma camisa, pois nem sempre dá para usar camiseta, além de uma calça de sarja e uma calça jeans. Com isso você estará preparado para a maioria das situações do dia a dia.  

Acompanhe tudo sobre:Casualguia-de-estilo

Mais de Revista Exame

Borgonha 2024: a safra mais desafiadora e inesquecível da década

Maior mercado do Brasil, São Paulo mostra resiliência com alta renda e vislumbra retomada do centro

Entre luxo e baixa renda, classe média perde espaço no mercado imobiliário

A super onda do imóvel popular: como o MCMV vem impulsionando as construtoras de baixa renda