Nossa torcida de hoje e do futuro: as novas gerações têm expectativa de viver mais do que os ancestrais e com boa saúde — de preferência num país também melhor | Mauro Pimentel/AFP Photo
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2018 às 05h00.
Última atualização em 10 de julho de 2018 às 17h11.
No espaço restrito dos campos de futebol, o duelo das seleções participantes da Copa se dá em condições razoavelmente equilibradas. Pelo menos no início de cada partida, são 11 contra 11, todos com preparo físico, algum domínio técnico do esporte etc. Por trás de cada time, porém, as coisas podem ser muito diferentes. O Brasil pegou logo de cara a Suíça e ficou no 1 a 1 — merecendo até ganhar o jogo, na nossa visão. Mas levaríamos sem dúvida uma goleada se a disputa migrasse para os dados que compõem o Indicador de Desenvolvimento Humano das duas nações. Basta notar que, enquanto as manchetes da nossa imprensa diária eram ocupadas pelas imagens e pelos placares do Mundial, estávamos tomando nas costas uma notícia daquelas que volta e meia nos envergonham: o risco da volta da poliomielite pondo em alerta dezenas de cidades no país. A terrível pólio é uma doença que já se chegou a considerar praticamente erradicada entre nós — seu retorno é um desastre ainda a ser controlado. A causa: negligenciamos a imprescindível vacinação para evitar esse tipo de doença e outras.