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A disputa entrou para os balanços: no MM 2024, uma participação recorde dos times de futebol

Novidades como a Lei da Sociedade Anônima no Futebol estão motivando os clubes brasileiros a abrir suas finanças — e mais deles entraram no Melhores e Maiores

Flamengo: um dos destaques da categoria Participações e Mídia indica melhora na governança dos clubes  (Flamengo/Divulgação)

Flamengo: um dos destaques da categoria Participações e Mídia indica melhora na governança dos clubes (Flamengo/Divulgação)

Leo Branco
Leo Branco

Editor de Negócios e Carreira

Publicado em 18 de setembro de 2024 às 06h00.

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A presença crescente de alguns dos times de futebol mais populares do Brasil é um dos destaques da categoria Participações e Mídia. Em 2024, das 28 empresas desta lista, cinco são do universo da bola: Flamengo, ­Athletico Paranaense, São Paulo, Corinthians e Goiás. Na edição passada, estavam apenas Flamengo e ­Athletico Paranaense.

A maior presença no ranking indica melhora na governança dos clubes. Em 2021, a entrada em vigor da lei que criou a Sociedade Anônima de Futebol (SAF) chamou a atenção de fundos e de outros investidores qualificados dispostos a aportar recursos num setor até então reservado a cartolas com pouca ou nenhuma expertise financeira.

Dinheiro novo e mais pressão sobre os times

A chegada de dinheiro novo elevou a pressão sobre os times. Alguns pela primeira vez publicaram um balanço financeiro num veículo de imprensa de circulação nacional no ano passado.

Mesmo times ainda longe de aderir ao modelo de SAF colheram os frutos de uma boa gestão financeira em 2023. Nessa disputa, quem levou a melhor foi o Flamengo, ainda administrado por uma associação. (Os planos para o clube virar uma SAF são acompanhados de perto por investidores dentro e fora do Brasil.)

No ano passado, a receita do Flamengo expandiu 18%, para 1,3 bilhão de reais. O lucro líquido, de 319 milhões de reais, é mais que o dobro do ano anterior.

Quem também conseguiu multiplicar o faturamento foi o Athletico Paranaense, outra agremiação interessada na SAF. Em 2023, o clube teve receita de 702 milhões de reais, o dobro do ano anterior. O lucro líquido, de 383 milhões de reais, é oito vezes o registrado em 2022.

Com tudo isso, em dezembro do ano passado a diretoria do time de Curitiba foi aos Estados Unidos numa espécie de “roadshow” com investidores. O clube espera levantar algo como 3 bilhões de reais com a venda de 40% de sua futura SAF.

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