Revista Exame

A busca por um Brasil competitivo

Num mundo onde os padrões de concorrência são dados pela China, o Brasil não tem outra saída senão tornar sua economia competitiva. Há muito a fazer. É preciso começar já

Produção da Dell no interior paulista: o Brasil precisa preservar a diversidade de sua economia  (Germano Lüders/EXAME.com)

Produção da Dell no interior paulista: o Brasil precisa preservar a diversidade de sua economia (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2011 às 13h30.

São Paulo - Acompetição é uma das mais poderosas forças na evolução do homem. Não conhecemos o futuro, mas uma coisa é certa: à medida que a competição continue a evoluir, ela será a fonte de muito de nossa prosperidade.”

É assim que o americano Michael Porter, principal teórico mundial da competitividade, inicia seu mais recente livro, o magistral Competição, uma compilação de seus principais trabalhos realizados ao longo de décadas de estudo sobre como empresas e países podem se destacar no jogo global — e prosperar.

No livro, há toda uma seção dedicada à disputa entre nações. Nela, Porter é enfático quanto às causas que decidem esse jogo. “A prosperidade de um país é criada, não herdada. Ela não deriva das riquezas naturais, do número de trabalhadores ou do valor da moeda. A competitividade de um país depende da capacidade de suas empresas de inovar. Ao fim, o sucesso resulta de um ambiente interno que seja dinâmico, desafiador e que mire o futuro.”

Livros teóricos de economia e negócios não são exatamente os preferidos nas altas esferas do governo, aqui ou em qualquer lugar. Particularmente no Brasil de hoje, porém, o estudo de temas ligados à competitividade seria um investimento que se pagaria mil vezes.

Dentre as nações mais competitivas do mundo estão países como Suécia, Estados Unidos, Alemanha e Japão — não por coincidência sociedades que oferecem um padrão de vida próximo do ápice que a humanidade conseguiu atingir até agora. Na ponta oposta choca o subdesenvolvimento de locais como Chade, Angola, Burundi e Zimbábue.

O Brasil do presente está mais ou menos no meio do caminho entre os dois polos, o que é muito pouco para uma nação com ambições de potência. Ao longo deste semestre, conheceremos as prioridades da presidente Dilma Rousseff.

Dilma vem mostrando um estilo bem menos eufórico do que o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Seria ótimo se mostrasse também o reconhecimento e a disposição para transpor os imensos obstáculos impostos à construção de uma economia realmente desenvolvida.


Os avanços nas duas últimas décadas nos colocaram no radar das principais corporações e investidores do mundo, mas produziram uma ilusão perigosa — a de que o Brasil já é um grande competidor global. Falso como uma nota de 3 reais. A verdade nua e crua é que estamos tomando uma surra de muitos de nossos competidores.

Caminhamos lentamente, enquanto eles correm. Num mundo no qual a China se impõe como novo padrão da concorrência até para os americanos, não teremos outro caminho senão acelerar o passo.

É verdade que vivemos um bom momento econômico. Mas é prudente analisá-lo com algum distanciamento. Muito do bem-estar conquistado nos últimos anos deve-se ao boom do mercado mundial de commodities. Ninguém em sã consciência vai reclamar quando o preço de alguns de nossos principais produtos subir.

O risco é o comodismo, a dependência em relação a mercados que são voláteis por natureza e que flutuam a despeito de nossos desejos. A pedido de EXAME, o economista Celso Toledo, diretor da consultoria LCA, elaborou um estudo mostrando que o crescimento médio de 4,5% do Brasil nos últimos cinco anos decorreu, em larga medida, da China, nossa grande cliente no mercado de commodities.

Toledo mostra que, caso a economia chinesa tivesse crescido 7% ao ano desde 2005, e não a um ritmo de 11%, o PIB brasileiro teria evoluído a uma taxa média de 2,5% — o mesmo padrão medíocre das décadas de 80 e 90.

Não há nada de errado em aproveitar os ventos de fora. Mas não devemos nos esquecer de que eles podem mudar de uma hora para outra. E que o melhor antídoto nessa hora é uma economia que, como diz Porter, produza resultados criados, e não herdados.


Nesse campo ainda estamos devendo. Sim, há um Brasil que recebe uma torrente de dólares, eleva seu nível de renda e abriga um mercado consumidor crescente. Mas esse mesmo Brasil tem custos que esmagam a iniciativa empreendedora e a capacidade competitiva das empresas — por melhores que sejam naquilo que depende só delas.

É o velho Brasil ineficiente e lento, que carrega nas costas um Estado inchado, perdulário, burocrático e ineficaz. Nos últimos dois meses, EXAME ouviu cerca de 50 empresários, executivos, economistas e estudiosos do tema da competitividade para entender a raiz dos problemas de muitas empresas brasileiras no enfrentamento da concorrência externa.

Em seu conjunto, o quadro é preocupante. No ranking de competitividade elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, entre 139 países, o Brasil ocupa a 58a posição — atrás do Azerbaijão. Todos os nossos principais competidores, incluídos aí Coreia e China, estão bem à nossa frente. Os sinais de perda de fôlego da indústria brasileira começam a se avolumar.

A fatia das exportações dos produtos industriais decresce mês a mês, na contramão do que se vê com as commodities. A balança comercial dos produtos industrializados, que já foi de 23 bilhões de dólares a favor do Brasil, fechou 2010 com um saldo negativo de quase 40 bilhões.

Em muitas indústrias, a opção de comprar da China o que antes se fazia aqui é uma realidade cada dia mais presente. Há setores inteiros que estão em xeque — caso das fabricantes de alumínio, que em 2010 viram duas fábricas ser desativadas, uma da Vale e outra do grupo indiano Novelis, e podem desaparecer nos próximos anos afogadas por custos incompatíveis com o padrão internacional.

“Estamos num momento decisivo”, afirma o economista Paulo Rabello de Castro, um dos mentores do Movimento Brasil Eficiente, cujo objetivo é encaminhar propostas para o país se desenvolver de forma mais competitiva nos próximos 20 anos. “O Brasil não deve se especializar.


Precisa manter a diversidade que possibilita ora contar com o vento a favor de um lado, ora de outro. A amplitude de nossa economia é uma espécie de seguro.” Isso significa não deixar que se perca a capacidade construída ao longo de décadas na área industrial. Rabello lembra que já houve o perigo contrário: o de o país desdenhar seu enorme potencial agrícola.

Na década de 70, o governo militar centrou todos os esforços na indústria. O agronegócio, responsável atualmente por cerca de 25% do PIB, sobreviveu graças a visionários e aos avanços tecnológicos obtidos pela Embrapa.

Quem está numa situação de desvantagem na competição internacional só tem um motivo a comemorar — a possibilidade de um salto qualitativo numa velocidade inviável para os já desenvolvidos. De acordo com um estudo do economista americano Jeffrey Sachs, mudanças estruturais no campo da competitividade traduzem-se em impactos econômicos visíveis em cinco anos.

Mas para isso é preciso demonstrar uma determinação à chinesa. Os especialistas ouvidos por EXAME são unânimes em apontar um cenário extremamente promissor caso o Brasil opte por se livrar de amarras em quatro terrenos — o sistema tributário sufocante, a legislação trabalhista esclerosada, a infraestrutura precária e uma taxa de juro única no mundo.

Um ataque obstinado e consistente a esses problemas poderia levar o país a juntar-se ao grupo dos 40 melhores em termos de competitividade econômica, ao lado de Suíça, Suécia, Estados Unidos, China, Coreia do Sul e Polônia. Esse cenário, batizado de “Brasil Competitivo”, é compatível com uma taxa de crescimento sustentável de 6% ao ano.

Em uma década, o PIB per capita brasileiro poderia dobrar para 20 000 dólares, comparável ao padrão atual dos coreanos. O Índice de Desenvolvimento Humano, uma medida de bem-estar, ultrapassaria o nível da Itália. Repita-se: tudo isso, em dez anos. “Países como Japão e Coreia já mostraram os ganhos sociais de quem busca incessantemente a competitividade”, diz o economista Stéphane Garelli, diretor do Centro Mundial de Competitividade do instituto IMD da Suíça e um dos mais respeitados estudiosos do tema no mundo.


Aonde queremos chegar

Talvez o maior desafio, agora, não seja econômico. As soluções apresentadas nesta reportagem para os quatro grandes problemas da competitividade não são novas. A questão de fundo é a capacidade de nossas elites políticas de promover o choque proposto.

Tem sido recorrente, desde a ascensão da China como potência, a comparação entre regimes autoritários e democracias em termos de capacidade de realização de reformas. A teoria não encerrou o debate — o máximo que se pode dizer, hoje, é que as ditaduras tendem a produzir transformações mais rapidamente, mas sem o consenso social necessário para sustentá-las ao longo do tempo.

Há um ponto, porém, que parece valer para ambos os sistemas. Só é possível adotar reformas abrangentes se houver clareza de aonde se pretende chegar. Traçar metas e cobrar resultados, duas condutas inerentes ao dia a dia das empresas privadas, é raridade no setor público — em especial, do brasileiro.

No passado, o Japão talvez tenha sido o melhor exemplo de como um país pode alçar voo ao incorporar essas noções. Destroçado pela guerra, o Japão abraçou o ideal de um salto qualitativo na educação e da conquista de mercados externos — a mesma estratégia adotada mais tarde pela Coreia.

Com isso, o Japão virou a segunda maior economia do mundo, posto somente agora perdido para a China. Mais recentemente, a Polônia repetiu a história. Há pouco mais de 20 anos, era um país comunista totalmente fechado. Em 1990, promoveu uma ampla modernização da economia com vistas à entrada na União Europeia.

Investiu em infraestrutura e educação e tornou-se uma das economias mais dinâmicas do continente. Com mão de obra qualificada, mas com custos mais baixos, atraiu indústrias da vizinha Alemanha e viu seu produto interno bruto per capita crescer de 1 500 dólares, em 1990, pra 11 000, em 2009. Há dois anos, a Polônia era o 53o país mais competitivo. Atualmente, é o 39o. 


“A imposição de metas para entrar na União Europeia foi decisiva para todos os avanços que tivemos”, diz o economista Tadeusz Kowalski, professor da Universidade de Poznan, na Polônia.

O Brasil não tem um objetivo externo, como a entrada em um clube de países ricos. Precisa decidir por conta própria o que vai querer ser lá na frente. Trata-se de um ponto sobre o qual neste momento estão depositadas esperanças na visão da presidente Dilma. Aparentemente, ela tem mostrado sensibilidade para entender os problemas que atrapalham a competitividade do país.

Convocou o empresário Jorge Gerdau Johannpeter para liderar um conselho que vai propor medidas para aumentar a eficiência e reduzir os gastos do setor público — a base para todas as outras reformas. Nomeou Fernando Pimentel para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior com a missão de ajudar a fortalecer as empresas brasileiras no jogo global.

“Estamos preparando um pacote com incentivos à competitividade”, diz Pimentel. “Vamos enviar ao Congresso Nacional projetos de lei em duas frentes: o alívio de tributos e a desoneração da folha. E há ainda a terceira vertente: a desburocratização.”

Se a disposição for mesmo para valer, os produtores nacionais podem preparar suas máquinas. Na realização desta reportagem, EXAME deparou-se com um expressivo conjunto de casos de como o país tem perdido negócios devido à estrutura pesada de produção. Exemplos? Uma furadeira que custa 18 dólares para ser produzida no Brasil paga nada menos que 27 dólares de impostos.

O mais incrível é que o similar chinês paga apenas 23 dólares ao chegar aqui — aí incluídos o frete da China ao Brasil, o custo portuário e o imposto de importação. É praticamente um convite para deslocar a produção para a Ásia — e, com ela, empregos qualificados. No caso dos automóveis, um carro bicombustível paga 29% de tributos. Nos Estados Unidos, a carga é de 5%.

Na prática, um Toyota Corolla 1.8, que aqui custa 60 000 reais, lá sai pelo equivalente a 27 000 reais. O resultado é que o Brasil se especializou em produzir automóveis pouco sofisticados. “O efeito é perverso, porque a qualidade da mão de obra necessária é mais baixa, o trabalhador ganha menos e também vai comprar produtos mais baratos”, diz o consultor José Roberto Ferro, presidente do Lean Institute, especializado em competitividade industrial.


Por essas e outras, não surpreen­de que a carga tributária seja a que recebe o maior número de críticas de empresários e economistas. A atual carga, de quase 40% da riqueza, está entre as maiores do mundo. Uma das metas do Movimento Brasil Eficiente seria limitá-la a 30% do PIB. “Batizamos essa reforma de 10-10-10.

Um terço serviria para cobrir a Previdência, outro para estados e municípios e o terceiro para o governo central”, diz Rabello. “Em 20 anos, o efeito seria extraordinário.” Também seria bem-vinda uma mudança na forma de cobrança, a exemplo do que faz a Suécia. Lá, a carga tributária é de 48% do PIB, mas mesmo assim o país aparece na segunda posição do ranking de competitividade.

Isso porque os tributos são pesados sobre renda e lucros, mas leves sobre a produção e o investimento. No Brasil, oneram tudo, inclusive o faturamento, os investimentos e as exportações. “Para construir uma fábrica, pagamos 18% de imposto sobre os investimentos. Na Suécia, pagam-se 6%. No Uruguai, 1%”, diz Carlos Aguiar, presidente da Fibria, maior fabricante brasileira de celulose.

A Suécia é também exemplar na hora de devolver aos cidadãos o dinheiro dos impostos na forma de serviços. Aqui é o contrário. Isso fica evidente na qualidade da educação pública e nas condições de nossa infraestrutura. Estradas esburacadas, portos caros e lotados, aeroportos congestionados, falta de ferrovias e apagões de energia são reflexos da falta de investimento.

Principal produto da pauta de exportação do agronegócio, a soja exemplifica como os problemas logísticos podem minar a competitividade. Graças às condições favoráveis de clima e solo e à tecnologia dos produtores, a soja plantada em Mato Grosso é uma das mais competitivas do mundo. Durante o transporte até o porto, no entanto, toda a vantagem é desperdiçada.

A falta de ferrovias e hidrovias, somada às péssimas condições das estradas, faz com que o frete custe, em média, quatro vezes o valor pago nos Estados Unidos, onde o transporte é feito por barcaças. Além disso, aqui quase 5% da produção não chega ao destino final, acarretando perda anual de faturamento de 5 bilhões de dólares.

O resultado: hoje a rentabilidade do produtor brasileiro é bem menor que a do americano. Na infraestrutura, o governo poderia ajudar não apenas com investimentos mas também com regras claras. A americana Cargill tenta desde 2002 obter uma licença para ampliar seu terminal portuário em Santarém, no Pará.


Com o asfaltamento da rodovia BR-163 desde Mato Grosso, poderia triplicar o volume embarcado pelo porto. “De que adianta melhorar a estrada se o porto não terá capacidade para escoar toda a produção?”, pergunta Paulo Sousa, diretor da área de grãos da empresa.

Um dos fatores mais gritantes que pesam contra o Brasil na competição internacional é o elevado custo de capital. Na média, o custo do dinheiro no Brasil está em 13% ao ano. Não há nada remotamente parecido no mundo. No Chile, o vizinho mais bem avaliado, não passa de 4%. Países como o Japão têm taxas próximas a zero.

“Somos penalizados duas vezes. Primeiro porque temos de pagar caro. Depois, porque, diante do rendimento das aplicações financeiras, os acionistas querem retornos acima de 10% no Brasil, enquanto ficam felizes com a metade disso na Europa e no Japão”, diz Cledorvino Bellini, presidente da Fiat e da Anfavea, associação que reúne os fabricantes de automóveis.

A redução do custo de capital não é missão fácil. Depende de esforço do governo em cortar gastos e tomar menos recursos no mercado. “O governo usa grande parte dos recursos disponíveis nos bancos. Sobra pouco para o setor privado”, diz Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central e sócio da gestora Gávea Investimentos.

Caso o Brasil consiga chegar ao nível da Austrália, dona da segunda maior taxa de juro do mundo, os ganhos serão enormes. Segundo o professor Samir Cury, da Escola de Administração da Fundação Getulio Vargas, se o juro real do Brasil caísse de 5% para o nível australiano, o país ganharia 1,5 ponto percentual em termos de crescimento. Além disso, a redução dos juros teria como efeito adicional uma pressão menor sobre o câmbio, uma das maiores reclamações dos exportadores.

Sucesso também no longo prazo

Países bem-sucedidos na arte das reformas são os que souberam dosar medidas de impacto de longo prazo com outras mais imediatas. Dada a nossa dimensão geográfica, é ilusório achar que os resultados na infraestrutura podem se materializar antes de uma década. Também é improvável que o peso dos impostos caia antes disso.

Como os políticos raramente arriscam seu mandato por resultados tão distantes, é preciso conciliar essas medidas com outras, com efeitos rápidos.


Nesse aspecto, nenhuma mudança seria tão eficaz quanto a modernização das leis trabalhistas. O custo de um trabalhador chinês é, em média, um terço do representado por um trabalhador brasileiro. Salário no bolso é só parte dessa conta.

“Meu produto chega aos Estados Unidos custando até 40% mais que o similar chinês”, afirma Benny Rosset, dono da Cia. Marítima, uma das maiores fabricantes de biquínis do país. As vendas externas, que já responderam por mais de 20% do faturamento da empresa, hoje representam apenas 8%.

Nos Estados Unidos, a Cia. Marítima atua hoje apenas na faixa dos biquínis mais caros, na qual o que vale é a inovação. As vendas em grande escala de artigos básicos para as redes americanas, como a Gap, já foram dominadas pelos chineses.

Para tentar aliviar essa situação, o Ministério da Fazenda apresentou, em 2009, uma proposta de reforma que desonerava a folha de pagamentos em cerca de 10%. Para isso, a contribuição previdenciária seria reduzida de 20% para 14% e o salário-educação, de 2,5%, seria retirado da folha. Também está na mira o fim das contribuições de outros 2,5% para o sistema S, o que inclui instituições como Sesi e Senac.

Na competição internacional, não há como vencer todas as brigas. Parte do sucesso, diz Porter, é saber escolher as áreas nas quais se especializar. É inevitável que parte da produção industrial se transfira para a China, dada a escala obtida pelo país. O lamentável, porém, é que nem sequer sabemos quais são as áreas em que a luta merece ser travada.

Com os custos do país tão acima dos concorrentes, não há como identificar nossos limites. Um cenário de competitividade abriria espaço para um fenômeno comum às nações que deram certo — avançar em direção a uma economia sofisticada e capaz de gerar inovação. Os ganhos seriam tantos que é difícil acreditar que vamos perder a oportunidade.

Diz Armínio Fraga, numa frase que esperamos profética: “Vai dar muito, mas muito trabalho. Mas no final o Brasil vai dar certo”.

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