Usina solar: Indústrias devem promover um ambiente cooperativo para identificar temas importantes para o meio ambiente (Germano Lüders/Exame)
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2019 às 04h44.
Última atualização em 7 de novembro de 2019 às 10h25.
A revista que o leitor tem em mãos traz a 20a edição do GUIA EXAME DE SUSTENTABILIDADE, o mais completo e respeitado levantamento sobre estratégia corporativa de sustentabilidade do Brasil.
A publicação nasceu em 2000 com o nome GUIA EXAME DE BOA CIDADANIA CORPORATIVA. Na época, esse tema ainda era pouco conhecido e debatido no país. A ideia de responsabilidade social empresarial confundia-se muitas vezes com simples filantropia, com algo que as empresas poderiam fazer para devolver à sociedade uma parte do lucro. De lá para cá, o conceito evoluiu e amadureceu, passando a abarcar as dimensões social, ambiental e econômica — os três pilares da sustentabilidade.
Desde então, ganhou corpo a ideia de que, para ser verdadeiramente cidadã, uma empresa não poderia desenvolver ações isoladas nem confinar esse assunto a um departamento específico — a responsabilidade empresarial deveria estar no núcleo da estratégia de negócios da empresa e pautar todas as suas ações. Para refletir essa nova concepção, em 2007 a direção da revista decidiu mudar o nome da publicação para GUIA EXAME DE SUSTENTABILIDADE.
Na edição deste ano, 210 empresas participantes responderam a mais de 160 questões elaboradas pela ABC Associados, consultoria responsável pela metodologia do GUIA EXAME DE SUSTENTABILIDADE. As empresas que obtiveram pontuação acima da média dos participantes foram submetidas a escrutínio jornalístico e avaliadas por um conselho deliberativo formado por especialistas. Ao final desse rigoroso processo, EXAME chegou à lista das 77 melhores empresas desta edição, divididas em 19 setores. Além disso, foram escolhidos os destaques em dez categorias temáticas.
As empresas apresentadas nesta edição têm um peso considerável na economia brasileira. Juntas, elas empregam 774.000 pessoas e faturaram 884 bilhões de reais no ano passado. Muitas delas têm alinhado a estratégia de seus negócios aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, um amplo plano para melhorar o mundo lançado pelas Nações Unidas em 2015, com metas que devem ser alcançadas até 2030.
Um mundo mais sustentável é também o que promete a bioeconomia, uma economia de base biológica, tema da reportagem de capa desta edição. Esse conceito se refere a uma economia de baixo carbono, centrada na biotecnologia, na agricultura, na biodiversidade e na energia limpa. Um levantamento feito em 2018 aponta que, em todo o mundo, há 49 países com uma estratégia de desenvolvimento que leva em conta a bioeconomia.
O Brasil, por sua vasta área cultivável, agricultura desenvolvida e concentração de biodiversidade, entre outros fatores, pode desempenhar um papel de liderança nessa área. A dúvida é se o país saberá aproveitar as oportunidades e explorar de modo eficiente — e sustentável — seu imenso potencial.