Redação Exame
Publicado em 8 de julho de 2025 às 08h04.
Última atualização em 8 de julho de 2025 às 08h05.
Em um feito histórico, o YouTube agora lidera a audiência de TV nos Estados Unidos, com 12,4% do tempo diário de visualização, superando gigantes como Netflix, Disney e os canais a cabo e abertos combinados. Isso representa um salto significativo em relação aos 8,6% de participação registrados no início de 2024.
Com cerca de 2 bilhões de pessoas acessando a plataforma mensalmente e assistindo mais de 2 bilhões de horas de vídeo por dia, sendo 1 bilhão dessas horas assistidas na TV, o YouTube se consolidou como um dos principais players no consumo de mídia. A plataforma alcança 92% dos jovens de 18 a 34 anos nos EUA e também lidera a audiência de podcasts, com 33% de participação, superando o Spotify (27%) e o Apple Podcasts (15%), segundo dados da Edison Research.
Os números refletem uma transformação profunda no consumo de mídia. O YouTube agora detém uma posição de liderança no entretenimento digital, enquanto assiste à crescente queda dos modelos tradicionais de TV e streaming pagos — ameaçando Hollywood. “Em apenas 20 anos, conseguimos mudar radicalmente o panorama da mídia”, afirmou Fede Goldenberg, chefe de parcerias de TV e cinema do YouTube, na StreamTV Conference em Denver, nos EUA.
O YouTube está rapidamente se tornando a nova TV, com 92% de alcance entre os jovens de 18 a 34 anos nos EUA, e já se estabeleceu como um centro de entretenimento diversificado, reunindo tanto as grandes empresas de mídia quanto os criadores independentes. Empresas como Warner Bros. Discovery e NBCUniversal começaram a explorar o potencial de sua biblioteca de conteúdo ao criar novos formatos para a plataforma, evidenciando a adaptação das maiores redes de mídia ao novo ecossistema.
Para Neal Mohan, CEO do YouTube, os criadores da plataforma são "a nova Hollywood". “Os criadores no YouTube não são apenas criadores de conteúdo. Eles são empreendedores digitais, construindo seus próprios impérios, assim como as grandes estrelas de Hollywood”, disse ele em entrevista à EXAME em março.
Essa transformação também se reflete na maneira como o YouTube apoia os criadores. De vídeos feitos em quartos com câmeras improvisadas, a plataforma viu um aumento exponencial na criação de estúdios profissionais e equipes dedicadas, como no caso de Alan Chikin Chow, que agora opera em um estúdio de 10.000 metros quadrados em Los Angeles.