A instituição explicou que, por se tratar de um objeto perecível, a fruta é regularmente substituída conforme orientação do próprio artista (TIMOTHY A. CLARY/AFP)
Redação Exame
Publicado em 20 de julho de 2025 às 10h41.
Uma das versões da obra Comedian, do artista italiano Maurizio Cattelan, foi parcialmente consumida por um visitante durante exposição no Centro Pompidou de Metz, no leste da França.
A instalação — composta por uma banana presa à parede com fita adesiva — foi vendida no ano passado por US$ 6,2 milhões (R$ 34,5 milhões) em um leilão em Nova York e tornou-se símbolo de debates sobre os limites e o valor da arte contemporânea.O incidente ocorreu no sábado. Segundo nota enviada à agência AFP, a equipe de segurança agiu de forma rápida e tranquila, e a obra foi reinstalada poucos minutos depois, sem danos à integridade da instalação.
A instituição explicou que, por se tratar de um objeto perecível, a fruta é regularmente substituída conforme orientação do próprio artista. Em comunicado, Cattelan comentou ironicamente o episódio: “O visitante confundiu a fruta com a obra de arte”, disse, em referência à ação de ter consumido apenas a banana, deixando a fita adesiva intacta.
Nenhuma denúncia formal foi registrada, segundo o jornal Le Républicain Lorrain.
Criada em 2019, Comedian é parte de uma série com três exemplares que causaram controvérsia logo na estreia, durante a feira Art Basel de Miami. Um dos exemplares foi vendido por US$ 120 mil, valor que gerou críticas e performances reativas, como a de outro artista que consumiu a banana em frente ao público como protesto.
No ano seguinte, uma das versões foi leiloada em Nova York por US$ 6,2 milhões. A aquisição atraiu colecionadores e críticas em igual medida. Pouco tempo depois, o empresário sino-americano Justin Sun repetiu o gesto performático, devorando a banana diante da imprensa em um hotel de luxo em Hong Kong. “É muito melhor que as outras bananas”, declarou na ocasião diante de câmeras.