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TV por assinatura registra queda de R$ 600 milhões em receita e perde monopólio em esporte

Setor perdeu assinantes e receita em 2025, enquanto streaming e YouTube avançam em esportes

Publicado em 18 de agosto de 2025 às 18h09.

Última atualização em 18 de agosto de 2025 às 18h29.

A TV por assinatura no Brasil segue em queda importante de desempenho desde a adoção da população pelas plataformas de streaming. Em junho deste ano, o setor a cabo enfrentou uma diminuição de 23% de acessos em comparação ao mesmo período em 2024, de acordo com dados da Teleco — consultoria focada em informações de telecomunicações da América Latina. 

Em relação à receita líquida, o primeiro trimestre de 2025 ficou com resultados ainda piores: em junho de 2025, a TV a cabo faturou R$ 2,7 bilhões, ante R$ 3,3 bilhões no mesmo mês em 2024. Os resultados representam R$ 600 milhões a menos.

Enquanto canais por assinatura continuam em queda, serviços de streaming crescem cada vez mais. A Netflix, por exemplo, registrou um aumento na receita equivalente a 15,90% entre o segundo trimestre de 2024 e este ano. 

Perda de canais e relevância no Brasil

Nos últimos anos, a TV por assinatura sofreu baixas importantes no catálogo. A Disney encerrou todos os seus canais lineares no Brasil, retirando marcas famosas do ar — como Disney Channel e a National Geographic — mantendo apenas a ESPN em exibição no país.

A Paramount também reduziu presença no Brasil, passando a transmitir apenas o sinal latino-americano, sem foco específico no público brasileiro. Isso fez com que canais como a Nickelodeon voltassem a exibir vinhetas em espanhol, por exemplo.

Segundo dados do IBGE, em 2024, 43% dos lares com TV no Brasil possuíam alguma assinatura de streaming pago, enquanto apenas 24,3% ainda têm TV por assinatura tradicional. A pesquisa revelou ainda mais a disparidade que o setor enfrenta perante ao crescimento acelerados de plataformas de vídeo no país.

Esporte segue tendência para o digital

Além da queda geral da TV a cabo entre os brasileiros e aumento dos serviços de streaming, o setor esportivo enfrenta ainda mais competição — e a CazéTV é uma das principais responsáveis.

Em 2025, o canal desbancou a Globo e transmitiu todos os jogos da Copa do Mundo de Clubes pelo YouTube. Já na Copa do Mundo de 2026, a CazéTV exibirá as 106 partidas do torneio, além de transmitir com exclusividade a Europa League, segundo maior campeonato da Uefa.

Além do canal, gigantes como Disney e Amazon também têm investido em transmissões exclusivas pelo Disney+ e no Prime Video, incluindo partidas do Brasileirão e da Copa do Brasil. A Globo, por sua vez, tenta equilibrar os dois lados: continua oferecendo jogos no SporTV, mas lançará em setembro a GE TV, um canal esportivo no YouTube criado para disputar espaço com a CazéTV.

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