Com aproximadamente 179 capítulos, "Três Graças" promete entregar uma narrativa inteiramente contemporânea, ambientada nas ruas da cidade de São Paulo. (Divulgação/Globo)
Colaboradora
Publicado em 16 de outubro de 2025 às 17h45.
A TV Globo confirmou a estreia de "Três Graças" para a próxima segunda-feira, 20, assumindo o horário nobre das nove logo após o encerramento do remake de "Vale Tudo", previsto para esta sexta-feira, 17.
A nova novela marca o aguardado retorno de Aguinaldo Silva à faixa mais cobiçada da emissora.
Além disso, chega carregando uma missão nada simples: manter a régua altíssima estabelecida pela antecessora, que vem faturando cerca de R$ 500 milhões em publicidade e quebrando recordes históricos de merchandising.
Com aproximadamente 179 capítulos, "Três Graças" promete entregar uma narrativa inteiramente contemporânea, ambientada nas ruas da cidade de São Paulo.
A trama irá acompanhar a trajetória de três mulheres navegando pelos desafios da desigualdade social: Gerluce (Sophie Charlotte), Lígia (Dira Paes) e Joélly (Alana Cabral).
Misturando drama, romance, mistério e humor, a novela irá abordar temas como corrupção, conflitos de classe e a velha questão entre o bem e o mal.
O elenco, por sua vez, reúne diversos nomes conhecidos do público, incluindo Grazi Massafera, Murilo Benício, Romulo Estrela e Dira Paes.
Dessa vez, quem assume a vilania é a dupla Arminda (Grazi) e Santiago Ferette (Murilo Benício).
De um lado uma madame imoral que chega ao ponto de negligenciar a própria mãe. Do outro, um filantropo que comanda um esquema criminoso nos bastidores.
As gravações vêm acontecendo em cidades cenográficas montadas no Rio de Janeiro e em locações externas espalhadas pela capital paulista, passando por pontos como a Brasilândia, o Terminal Bandeira e o clássico Vale do Anhangabaú.
Aguinaldo Silva. (Facebook/Divulgação)
A expectativa pela novela também chega acompanhada do retorno de Aguinaldo Silva ao horário nobre, cinco anos depois de "O Sétimo Guardião" (2019).
Na época, a obra enfrentou problemas de audiência e acabou levando à saída do autor da emissora em 2020.
Apesar desse contratempo, Aguinaldo carrega no currículo dois prêmios Emmy e a responsabilidade por criar personagens que viraram parte do imaginário popular brasileiro — como Nazaré Tedesco e Zé Alfredo.
Agora, em "Três Graças", o autor divide a autoria com Virgílio Silva e Zé Dassilva pela primeira vez, trabalhando sob a direção artística de Luiz Henrique Rios.
Odete Roitman em “Vale Tudo”: mistério sobre a personagem segue como motor de audiência e publicidade. (Globo/Fabio Rocha)
O remake de "Vale Tudo" finaliza sua era estabelecendo um novo patamar para a teledramaturgia brasileira no campo publicitário.
Mesmo navegando por águas instáveis na audiência (com média de 25-30 pontos no Ibope), a estimativa do mercado é de que a novela tenha conseguido arrecadar R$ 500 milhões, distribuídos ao longo de 87 ações de merchandising.
Com esse feito, deixa para trás sucessos anteriores como "Pantanal" e "Mania de Você".
No capítulo da morte de Odete Roitman, exibido no dia 6 de outubro, por exemplo, quase 40 marcas apareceram em inserções estratégicas, com todos os intervalos comerciais completamente vendidos.
Paralelamente, a estratégia que vem mostrando resultado apostou forte na integração entre a TV aberta, o Globoplay e as redes sociais, gerando um alcance diário cerca de 35,8 milhões de pessoas.
Além disso, marcas como Itaú, Ambev, Dove e Omo apostaram pesado em product placement orgânico, integrando seus produtos naturalmente ao roteiro de Manuela Dias.
Para "Três Graças", portanto, a expectativa dos bastidores é que a Globo consiga replicar essa fórmula multiplataforma que vem dando certo.
A novela também chega em um momento em que o mercado publicitário está valorizando não apenas os tradicionais pontos de audiência, mas o engajamento cultural e as ativações digitais capazes de transformar histórias em fenômenos que transbordam a tela da televisão.