The Last of Us: segundo capítulo foi ao ar neste domingo (The Last of Us/ HBO/Divulgação)
The Last of Us está mais popular a cada episódio. Se na estreia os servidores da HBO Max não suportaram a quantidade de acessos, neste domingo, 22, os fãs assistiram ao segundo capítulo, "Infected", com ainda mais dificuldade.
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Com um enredo mais agitado fora das paredes da Fedra — espaço no qual uma nova federação autoritária controla os sobreviventes —, onde estavam antes Tess (Anna Torv) e Joel (Pedro Pascal), a série finalmente toma um rumo mais autêntico: mostra o novo mundo 20 anos após os primeiros infectados, seus verdadeiros perigos. E se permite adaptar algumas passagens do jogo com certas diferenças.
A EXAME POP assistiu aos nove episódios de The Last of Us e te traz uma visão de público comum sobre o segundo episódio, "Infected". Confira:
*Atenção: os parágrafos abaixo contém spoilers sobre o segundo episódio de The Last of Us*
Embora chocante para quem não jogou o game, a morte de Tess não foi exatamente uma novidade para os fãs de The Last of Us. A cena é, inclusive, bem parecida com a obra original — assim como o clima de tensão que o cerca.
Ainda que carregada de emoção — um pequeno "spoiler" de como será o tom da série do começo ao fim —, a morte de Tess não é tão idêntica à do videogame. Embora o discurso dela seja exatamente o mesmo, antes de Ellie (Bella Ramsay) e Joel fugiram do museu, são pessoas diferentes as que matam a personagem.
Se na série Tess é consumida pelos clickers (estágio de contaminação avançada da doença causada pelo fungo), nos jogos, é a Fedra quem a tira de cena.
A mudança, no entanto, vem para explicar algumas das nuances dos infectados, a forma de comunicação deles e como se locomovem, por exemplo. A diferença não afeta a continuidade da história, mas também não se aprofunda na disputa acirrada entre a Fedra e os Vagalumes.
E essa não é a única mudança: os fãs do jogo devem ter reparado que o uso de máscaras para evitar a contaminação por esporos não existe na série, outra adaptação que os produtores da HBO fizeram para tornar o ritmo mais dinâmico.
Outro ponto que chama a atenção no episódio sem dúvidas é a contextualização histórica, que explica onde o fungo começou e como foi estudado. Os primeiros cinco minutos do capítulo resumem a infecção e criam um fio condutor dos 55 minutos.
Vale destacar que até as bombas mencionadas pela professora de microbiologia como possível resolução do problema aparecem em Boston.
É evidente que, uma vez fora da "segurança" dos bunkers e espaços guardados por munição pesada, os sobreviventes estão suscetíveis à infecção. Mas é em "Infected" que o público começa a perceber, mesmo de forma minuciosa, que os humanos são uma ameaça tão importante quanto os infectados.
Ao chegar na base onde Tess e Joel deveriam deixar Ellie, todos os outros integrantes dos Vagalumes — resistência contra a Fedra — estão mortos. E morreram por outros humanos.
Em resumo, já no segundo episódio o clima de tensão fica pior não pelo fungo ou pelo medo de infecção, mas pelas novas formas de poder que a os seres humanos instauraram após o apocalipse. O autoritarismo e a falta de humanidade são tão grandes que, por vezes, o fungo fica de segundo plano.
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Já no segundo episódio, The Last of Us deixa aquele gosto amargo de como se seguirão as relações a cada trajetória. É da morte de Tess que a relação de Joel e Ellie começa a mostrar suas peculiaridades, a dificuldade de cada um, seus erros e seus acertos.
E é também na emoção que ambos avançam juntos, com uma evolução tanto interpessoal quanto, de alguma forma, parental.
Seguindo a trajetória dos demais capítulos, o terceiro episódio estreia no próximo domingo, 29.
A HBO exibirá o episódio para assinantes da TV por assinatura que incluam seu pacote. O capítulo estará disponível nos canais 1 e 2 da HBO.
Também no domingo, 29, os assinantes da plataforma HBO Max terão acesso ao terceiro episódio.
O terceiro episódio irá ao ar no dia 29 de janeiro, com exibição nos canais e na plataforma de streaming da HBO, a partir das 23h.
Além de Pedro Pascal e Bella Ramsey, a série também conta com Anna Torv, Gabriel Luna, Merle Dandridge, Nico Parker, Nick Offerman, Murray Bartlett e Storm Reid.
A história se passa 20 anos depois da destruição da civilização moderna por um fungo que controla os seres humanos, transformando-os em uma espécie de 'zumbi'.
O enredo gira em torno de Joel (Pedro Pascal), um sobrevivente experiente e que atua como contrabandista. Ele é contratado para transportar Ellie (Bella Ramsay), uma garota de 14 anos, para fora de uma das opressivas zonas de quarentena, onde o restante da população vive.
O que deveria ser apenas mais uma tarefa se torna uma jornada cheia de momentos brutais e dolorosos, fazendo com que Joel e Ellie comecem a depender um do outro para sobreviver.