Ryan Reynolds: o ator comprou cerca de 25% da Mint Mobile em 2019 e, em 2023, vendeu a empresa para a T-Mobile por US$ 1,35 bilhão (YouTube/@MintMobile/Reprodução)
Redatora
Publicado em 14 de agosto de 2025 às 09h05.
O ator Ryan Reynolds, conhecido por interpretar o personagem Deadpool no cinema, abriu caminho para um novo tipo de negócio de celebridades americanas: operadoras virtuais de telefonia móvel.
Segundo o site Business Insider, o ator comprou cerca de 25% da operadora Mint Mobile em 2019, se tornou garoto-propaganda da marca e, em 2023, vendeu a empresa para a T-Mobile por US$ 1,35 bilhão, obtendo, segundo estimativas, US$ 300 milhões com o negócio.
O modelo, conhecido como MVNO (operadora móvel virtual), não exige investimento pesado em infraestrutura como torres e antenas. As empresas compram capacidade ociosa de grandes operadoras e revendem com sua própria marca.
Para analistas, o diferencial de Reynolds foi associar o serviço a um nome de peso, o que inspirou outros famosos e até marcas a seguir o exemplo.
Em junho, a Trump Organization anunciou o Trump Mobile, com plano mensal de US$ 47,45 que oferece ligações e internet ilimitadas, além de um celular dourado de US$ 499.
No mesmo mês, os atores Will Arnett, Jason Bateman e Sean Hayes, do podcast “SmartLess”, lançaram o SmartLess Mobile, com pacotes a partir de US$ 15 e foco em consumidores que usam pouca franquia de dados.
Até marcas de outros setores entraram na disputa. A sueca Klarna, conhecida pelo serviço de “compre agora, pague depois”, anunciou um serviço móvel por US$ 40 mensais, integrado à sua estratégia de banco digital.
No Brasil, um exemplo de celebridade que entrou no mercado de operadoras móveis virtuais é Larissa Manoela. Em 2021, a atriz lançou a LariCel, voltada principalmente ao público jovem, em parceria com a Surf Telecom, utilizando a rede da TIM,
“Telecom é a nova marca de tequila”, disse o analista Craig Moffett, lembrando a onda recente de famosos investindo em bebidas alcoólicas.
Apesar do entusiasmo, especialistas alertam que o setor é competitivo e de margens apertadas. “É fácil começar, mas difícil operar. Para ter sucesso, é preciso escala significativa, e poucos MVNOs conseguem”, afirmou Moffett.