As duas luas cheias de agosto acontecerão quando a lua estiver em seu ponto mais próximo da Terra (Owen Humphreys/PA Images/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 1 de agosto de 2023 às 08h16.
Última atualização em 1 de agosto de 2023 às 08h26.
Agosto reserva duas raras oportunidades para os amantes da lua: as Superluas. A primeira delas ocorre já nesta terça-feira, 1º, chamada de Superlua de Esturjão. E, para fechar o mês, haverá outra no dia 30 de agosto, desta vez, uma superlua azul - chamada assim por ser a segunda lua cheia que ocorre em um mesmo mês.
A próxima superlua azul acontece só daqui a 11 anos, em 2032, de acordo com a Nasa.
As duas luas cheias de agosto acontecerão quando a lua estiver em seu ponto mais próximo da Terra, a primeira será visível nesta terça-feira, 1º, quando o satélite estará a uma distância de 357.530 quilômetros da Terra. Já em 30 de agosto, essa distância será ainda menor: 357.344 quilômetros.
"Os observadores poderão notar uma lua mais brilhante do que em outras ocasiões. O fenômeno poderá ser visto em todas as regiões do planeta, desde que as condições climáticas sejam favoráveis", afirma Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional, uma unidade de pesquisa do governo federal.
Quando a lua está cheia e no perigeu, ela surge 7% maior devido à sua proximidade com a Terra e 15% mais brilhante, pois reflete mais luz solar para o nosso planeta, se comparada a uma lua cheia comum.
Para compreender esses fenômenos astronômicos, é necessário entender a movimentação da Lua. O satélite natural da Terra completa uma volta inteira em nosso planeta a cada 27,3 dias, percorrendo as quatro fases principais: nova, crescente, cheia e minguante. Como esse ciclo dura menos de um mês, é natural que algumas fases da lua se repitam no mesmo período.
A trajetória da lua ao redor da Terra não é perfeitamente circular, mas sim uma elipse - uma espécie de círculo achatado. Isso faz com que a distância entre a lua e a Terra varie ao longo do trajeto, ocorrendo também variações em cada volta.
O ponto mais próximo da Terra que a lua atinge em seu percurso é chamado de perigeu, e, em média, fica a 362 mil quilômetros de distância. Já o ponto mais distante é denominado apogeu, e, em média, situa-se a 405 mil quilômetros de distância.
O termo "superlua" foi cunhado em 1979 pelo astrólogo norte-americano Richard Nolle, para designar uma lua nova ou cheia que ocorre quando a lua está em sua maior proximidade da Terra ou próxima (pelo menos 90%) desse ponto.
Apesar da diferença de cerca de 43 mil quilômetros entre o perigeu e o apogeu, a variação no tamanho da lua observada a olho nu a partir da Terra não é muito significativa, sendo, no máximo, de 14%.