Trecho do Livro dos Mortos: Egito faz descoberta de papiro gigante (Photo12/Ann Ronan Picture Library/Universal Images Group via Getty Images/Getty Images)
Carla Aranha
Publicado em 11 de setembro de 2022 às 14h13.
Última atualização em 11 de setembro de 2022 às 14h22.
Mais um tesouro arqueológico foi descoberto no Egito. Equipes de arqueológos localizaram um papiro gigante de nove metros em uma antiga necrópole próxima ao Cairo. De acordo com o secretário geral do Ministério de Antiguidades do Egito, o documento pode integrar um dos capítulos do Livro dos Mortos, um compilado de orações, hinos e cânticos que era colocado junto às múmias. O papiro, encontrado no sítio arqueológico de Saqqara, tema de um documentário da Netflix, agora será estudado.
Junto a ele, foram descobertos 250 sarcófagos com múmias, 150 estatuetas e outros objetos, a maioria de 2.500 anos atrás. Parte dos itens foi exibida pelo governo do Egito na sede da Unesco no país. Em breve, devem seguir para o Grande Museu Egípcio, cuja inauguração está programada para o final deste mês no Cairo, próximo às pirâmides de Giza. A ideia é incentivar o turismo -- o setor era responsável por cerca de 10% do PIB do país antes da pandemia.
Os arqueólogos retomaram as escavações em Saqqara em 2018. Desde então, foram descobertos mais de cem sarcógofos e múmias, com destaque para dezenas de caixões lacrados e empilhados dentro um poço. "Ainda teremos muitas surpresas", disse Mostafa Waziri, secretário geral do Ministério de Antiguidades do Egito. "Estamos muito orgulhosos que essas descobertas foram feitas por arqueólogos egípcios e não ser as últimas".
Após uma pausa nos meses de verão, prestes a se encerrar no hemisfério norte, os trabalhos deverão ser reinicidos neste mês. "Além do papiro, que foi uma grande descoberta, foram encontrados uma série de estátuas importantes de divindades", afirmou Waziri.
Os objetos incluem representações dos deuses Anubis, Amun, Isis, Osiris e Bastet -- este, na forma de gato,, considerado o protetor da região. Também foi localizada uma estátua do arquiteto Imhotep, o preferido do faraó Djoser, governante do Egito entre 2.630 e 2.611 a.C. Os arqueólogos desvendaram ainda enfeites como braceletes e colares, além de pentes e espelhos.
Veja também: