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Sapatos vermelhos usados por Judy Garland serão leiloados por até US$ 3 milhões

Ícone do cinema, o par de sapatos que pertenceu à atriz de O Mágico de Oz foi roubado em 2005 e recuperado apenas em 2018

Sapatos de Dorothy serão leiloados neste sábado, 7 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Sapatos de Dorothy serão leiloados neste sábado, 7 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Publicado em 7 de dezembro de 2024 às 17h10.

Última atualização em 7 de dezembro de 2024 às 17h16.

O par de sapatos vermelhos usados por Judy Garland no clássico filme O Mágico de Oz será leiloado neste sábado, 7, e os preços já estão altos. De acordo com a casa de leilões Heritage Auctions, o lance pode alcançar até US$ 3 milhões (aproximadamente R$ 15,5 milhões), com ofertas já superando US$ 1,5 milhão antes do evento.

A famosa peça foi destaque no filme de 1939, que se tornou um dos maiores clássicos da história do cinema. Em O Mágico de Oz, o personagem Dorothy, interpretado por Garland, usa os icônicos sapatos vermelhos para viajar entre os mundos mágicos e o lar, uma das cenas mais lembradas da cultura pop.

No entanto, os sapatos possuem uma história ainda mais fascinante: eles foram roubados de um museu em Minnesota em 2005, gerando um enredo de mistério que só foi solucionado 13 anos depois.

A história por trás dos 'sapatos de rubi'

Os sapatos vermelhos, embora não sejam realmente feitos de rubi, são considerados um verdadeiro tesouro cinematográfico. O filme, baseado no livro The Wonderful Wizard of Oz (1900), descrevia originalmente os sapatos como prateados, mas a escolha do novo visual em vermelho foi uma estratégia para aproveitar as cores vibrantes da recém-lançada tecnologia Technicolor.

Apesar de existirem diversas réplicas e pares de sapatos usados durante as filmagens, apenas quatro pares originais foram preservados até hoje. Um desses pares está exposto no Museu Nacional de História Americana, enquanto outro será leiloado neste sábado.

Porém, o par de sapatos que está à venda tem uma história única. Originalmente de Michael Shaw, o colecionador que os emprestou ao Judy Garland Museum, em Grand Rapids, Minnesota, os sapatos foram roubados por um ladrão profissional, Terry Jon Martin, em 2005. Durante o roubo, Martin quebrou a vitrine onde os sapatos estavam guardados e levou as peças, acreditando que fossem revestidas com rubis e com valor muito maior do que o realmente tinham.

Após tentar vender os itens a um intermediário, Martin descobriu que os sapatos não tinham pedras preciosas. Em vez de devolvê-los, ele os entregou a outra pessoa, e a peça desapareceu no mercado negro. Foi apenas em 2018, após uma operação da FBI, que os sapatos foram recuperados, mas o mistério sobre seu paradeiro durante todos esses anos permanece sem resposta.

O valor de um bom sapato

A grande expectativa gira em torno do leilão deste fim de semana. Heritage Auctions descreve o par de sapatos como o “Santo Graal da memorabilia de Hollywood”, um item com um valor simbólico inestimável. A importância dos sapatos, no entanto, não está apenas no seu valor material, mas no papel central que desempenham na história do cinema e na cultura americana.

A venda desses sapatos é vista por muitos como uma oportunidade de marcar um capítulo final na longa saga dos sapatos de Judy Garland, que continuam sendo um dos símbolos mais representativos de Hollywood.

Embora a recuperação dos itens tenha trazido algum alívio ao Judy Garland Museum, o curador John Kelsch ainda se pergunta o que realmente aconteceu com os sapatos durante os anos em que estiveram desaparecidos. “Ainda não sabemos o que aconteceu com os sapatos depois que ele os entregou. Não é só o valor material, é um tesouro nacional”, comentou Kelsch em entrevista à CBS News Minnesota.

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