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Quem foi Joana D'Arc, reconhecida como santa pelo Vaticano em 1920

Aos 19 anos, D'Arc foi queimada viva em praça pública; em 1920, virou santa

Joana D'Arc: jovem tinha 19 anos quando morreu (Bettmann / Colaborador/Getty Images)

Joana D'Arc: jovem tinha 19 anos quando morreu (Bettmann / Colaborador/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 16 de maio de 2025 às 09h29.

Joana d’Arc nasceu por volta de 1412, na pequena vila de Domrémy, localizada no nordeste da França. Filha de agricultores, cresceu em um ambiente marcado pela religiosidade profunda.

Durante a adolescência, dizia ter visões figuras sagradas, como o Arcanjo Miguel e as santas Margarida e Catarina. Segundo ela, ambas santas lhe deram uma missão especial: ajudar o príncipe Carlos, futuro Carlos VII, a libertar a França da ocupação inglesa.

Aos 17 anos, Joana decidiu deixar sua casa e buscar o príncipe para oferecer seus serviços. Apesar de não ser uma combatente tradicional, ela assumiu papel estratégico durante a Guerra dos Cem Anos, conflito que opôs França e Inglaterra por décadas.

Sob sua liderança, os franceses conquistaram vitórias decisivas, entre elas a libertação da cidade de Orléans e a retomada de Reims. Foi nessa última que Carlos VII foi coroado rei.

Em 1430, Joana foi capturada por tropas borguinhã em confronto e, depois, foi entregue aos ingleses.

Acusada de heresia e bruxaria, com um dos principais argumentos contra ela sendo o uso de roupas masculinas, Joana foi julgada.

O processo foi permeado por interesses políticos, pois desacreditar sua imagem significava enfraquecer a legitimidade do rei Carlos VII.

Aos 19 anos, foi queimada viva em praça pública, em 30 de maio de 1431.

Da condenação à santidade: o processo de canonização

Mais de duas décadas após sua morte, em 1455, a Igreja Católica revisou o julgamento e declarou Joana inocente das acusações que a levaram à execução.

Em 1909, o Papa Pio X realizou sua beatificação, passo anterior à canonização formal, que ocorreu em 16 de maio de 1920, sob o pontificado do Papa Bento XV.

O reconhecimento como santa considerou não somente sua fé e coragem, mas também relatos de milagres atribuídos à sua intercessão.

A canonização foi oficializada na bula Divine Disposent, documento que destacou sua devoção, virtudes e o papel de exemplo para os fiéis.

O processo envolveu a análise de documentos históricos e testemunhos que reforçaram a imagem de Joana como mártir e símbolo de fé.

Hoje, D'Arc é venerada como santa e padroeira secundária da França, e sua memória é celebrada anualmente em 30 de maio, data de sua morte.

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