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Qual foi o primeiro filme lançado pela Disney?

Esse clássico pavimentou o caminho para futuras animações serem reconhecidas como "arte legítima"

 (Joe Raedle/Getty Images)

(Joe Raedle/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 17 de julho de 2025 às 14h51.

Em 21 de dezembro de 1937, o mundo testemunhou uma revolução cinematográfica com a estreia de Branca de Neve e os Sete Anões, o primeiro longa-metragem de animação da Disney e o primeiro totalmente colorido da história do cinema. Baseado no conto dos Irmãos Grimm, o filme não apenas encantou plateias com sua narrativa, mas também redefiniu os limites da arte animada.

Inovação técnica e narrativa

Produzido por Walt Disney, o filme foi uma aposta ousada: muitos duvidavam que uma animação de longa duração pudesse prender a atenção do público. Com um orçamento de cerca de US$ 1,5 milhão — uma quantia exorbitante para a época — a produção envolveu centenas de artistas e técnicas inéditas de animação, como o uso de câmeras multiplanos para criar profundidade.

O resultado foi um sucesso estrondoso. Branca de Neve arrecadou mais de US$ 8 milhões em seu lançamento original, tornando-se brevemente o filme sonoro de maior bilheteria da história.

Trecho do desenho "Branca de Neve" (1937) (Branca de Neve/ Disney)

Reconhecimento da Academia

Na cerimônia do Oscar de 1939, Walt Disney recebeu um Oscar Honorário por sua “inovação significativa na tela, que encantou milhões e foi pioneira em um grande novo campo de entretenimento para o desenho animado”. A homenagem foi entregue pela atriz mirim Shirley Temple, que presenteou Disney com uma estatueta em tamanho real acompanhada de sete miniaturas — uma referência carinhosa aos sete anões.

Além disso, o filme foi indicado ao Oscar de Melhor Trilha Sonora, consolidando seu impacto não apenas visual, mas também musical.

Legado cultural e histórico

Branca de Neve também inaugurou aquilo que conhecemos como o conceito de “Clássico Disney” e estabeleceu a fórmula narrativa que influenciaria gerações de filmes animados. Em 1989, foi selecionado para preservação no National Film Registry dos EUA por ser “culturalmente, historicamente e esteticamente importante”.

O filme também pavimentou o caminho para futuras animações serem reconhecidas como "arte legítima", culminando na criação da categoria de Melhor Filme de Animação no Oscar décadas depois.

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