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Por que o co-CEO da Netflix acredita que a IA pode revolucionar Hollywood

Co-CEO da Netflix destaca como a tecnologia pode transformar os orçamentos de filmes e abrir novas possibilidades para os criadores

Ted Sarandos: co-CEO da Netflix defende uso de IA  (Divulgação/Divulgação)

Ted Sarandos: co-CEO da Netflix defende uso de IA (Divulgação/Divulgação)

Publicado em 10 de junho de 2025 às 08h39.

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A inteligência artificial (IA) tem o potencial de transformar os orçamentos de Hollywood, mas não substituirá a criatividade humana, afirmou Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, em uma conversa no podcast WTF com o empresário Nikhil Kamath.

Sarandos, que expressou confiança no papel crescente da IA na indústria cinematográfica, destacou que a tecnologia será uma poderosa ferramenta para os criadores de conteúdo, permitindo a realização de filmes com orçamentos reduzidos.

"Eu espero que os criadores não tenham medo disso, porque vai ser uma grande ferramenta para contar histórias ainda melhores e possibilitar filmes que antes não seriam viáveis", afirmou Sarandos.

Redução de custos com efeitos visuais

Um dos exemplos mais claros de como a IA pode beneficiar a indústria é a redução dos custos com efeitos visuais.

Sarandos citou o filme O Irlandês, de Martin Scorsese, que utilizou a tecnologia de rejuvenescimento digital para envelhecer os atores, uma técnica que, segundo o co-CEO da Netflix, custou cerca de US$ 30 milhões.

"Hoje, podemos fazer o mesmo filme com esse recurso por uma fração do custo", comentou Sarandos, sugerindo que isso poderia abrir portas para uma maior variedade de criadores contar histórias ambiciosas sem precisar de orçamentos de blockbusters.

A IA como ferramenta criativa, não substituição da imaginação

Sarandos observou que a IA, ao ser incorporada de forma eficaz, será uma ferramenta útil, semelhante a outros recursos usados em filmes, como efeitos visuais ou animação por computador. No entanto, ele enfatizou que, apesar da eficiência da IA em reduzir custos, a verdadeira alma de um filme permanece no toque humano.

"O que a IA faz hoje é o oposto da imaginação", explicou. "Ela dá o resultado mais previsível com base nas ideias vagas que você oferece", continuou.

O co-CEO da Netflix reconheceu, no entanto, que alguns criadores podem cair na tentação de aceitar o conteúdo gerado por IA sem questioná-lo ou modificá-lo. "Isso é o perigo, aceitar sem a etapa de dizer 'não é assim que queremos' e simplesmente ir com o que foi gerado", alertou Sarandos.

O papel humano na criação de grandes histórias

Ele concluiu com otimismo, afirmando que a IA ajudará a reduzir os custos de produção de filmes e a tornar possíveis histórias maiores e mais ousadas, mas sempre exigindo a visão e o trabalho humano por trás delas. "Essas ferramentas vão ser usadas para contar histórias e expressar ideias de maneira que antes não era possível", disse.

Além disso, a visão de Sarandos sobre a IA no cinema é compartilhada por outros grandes nomes da indústria, como o diretor James Cameron, que também comentou sobre a possibilidade de a IA reduzir drasticamente o custo de filmes de efeitos pesados, mas reforçou que nunca substituirá os criadores humanos.

Avanços tecnológicos e o futuro da IA no cinema

A aplicação da IA em Hollywood já está em andamento com várias ferramentas tecnológicas sendo desenvolvidas.

Em dezembro de 2024, a OpenAI lançou o Sora, uma ferramenta de IA capaz de gerar vídeos curtos a partir de instruções escritas e editar vídeos existentes, enquanto o Google revelou o Flow, que utiliza IA para criar visuais, efeitos sonoros e diálogos.

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