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Ozzy Osbourne: eutanásia ou morte natural? Entenda a teoria sobre o cantor

Depois da última apresentação e com a saúde debilitada, especulações sobre a morte de Ozzy Osbourne reacendem o debate sobre eutanásia

Ozzy Osbourne: cantor morre aos 76 anos (Getty Images)

Ozzy Osbourne: cantor morre aos 76 anos (Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 22 de julho de 2025 às 19h00.

Última atualização em 22 de julho de 2025 às 19h01.

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O lendário cantor Ozzy Osbourne, vocalista da banda Black Sabbath, morreu nesta terça-feira, 22, aos 76 anos. O artista sofria de mal de Parkinson, mas as teorias sobre a causa de sua morte tem sido diversas — vários fãs insistem, por exemplo, que o cantor teria pedido por uma eutanásia.

O assunto foi levantado publicamente pela primeira vez em 2007, quando Sharon Osbourne revelou, em sua autobiografia, que ela e Ozzy haviam feito um pacto sobre o que fazer caso algum dos dois fosse diagnosticado com uma doença degenerativa, como Alzheimer. O casal decidiu, então, que se um deles fosse diagnosticado com uma doença mental debilitante, a solução seria recorrer à eutanásia em um país onde a prática é legal, como a Suíça.

"Se Ozzy ou eu tivermos Alzheimer, é isso. Nós iríamos", afirmou Sharon em entrevista ao jornal The Mirror, em 2007. Segundo ela, a decisão foi tomada após o sofrimento do pai, que sofreu com a doença de maneira rápida e devastadora. A decisão de recorrer à eutanásia foi vista como uma forma de preservar a dignidade e evitar o sofrimento prolongado.

A questão voltou à tona em 2023, durante um episódio do The Osbournes Podcast, quando Jack Osbourne questionou os pais sobre o pacto. Sharon reafirmou que, caso o casal enfrentasse doenças incapacitantes, a decisão de recorrer à eutanásia ainda estava em vigor, destacando que "a dor mental já é suficiente, sem precisar da dor física também."

Desmentindo rumores sobre a morte de Ozzy

Antes da morte do cantor nesta terça-feira, 22, já havia rumores sobre a saúde de Ozzy — mais frequentes após a despedida dos palcos do cantor, ao lado do Black Sabbath, em um show transmitido para 6 milhões de pessoas.

Em 11 de julho de 2025, Kelly Osbourne, filha de Ozzy e Sharon, usou as redes sociais para desmentir os boatos de que seu pai estaria prestes a morrer.

"Sim, ele tem Parkinson, sim, a mobilidade dele mudou completamente, mas ele não está morrendo. Por que as pessoas gastam tempo criando vídeos como esse?" desabafou Kelly em um dos vídeos.

Ela também criticou duramente a divulgação de um vídeo em que se falava sobre um "pacto de suicídio" envolvendo Ozzy e Sharon, algo que já havia sido discutido pela mãe em sua autobiografia e reiterado em conversas mais recentes.

Eutanásia: crime ou direito?

A discussão sobre eutanásia é complexa, especialmente quando envolve figuras públicas como Ozzy Osbourne, cuja saúde tem sido acompanhada de perto pelos fãs e pela mídia. E o pacto com a esposa levanta questões sobre os direitos individuais, a autonomia sobre decisões finais e as implicações éticas e legais dessa escolha.

A eutanásia, também conhecida como "morte assistida", é um tema que gera intensos debates em várias partes do mundo. Envolvendo questões éticas, religiosas, legais e médicas, a prática consiste em provocar a morte de uma pessoa que sofre de uma doença incurável, com o objetivo de evitar um sofrimento prolongado e insuportável.

A discussão sobre a eutanásia, no entanto, não se resume apenas à dor física: ela também envolve a autonomia individual, a dignidade e o direito de cada pessoa decidir sobre o próprio fim.

Existem diferentes formas de eutanásia, que variam dependendo da abordagem e do consentimento do paciente. A "eutanásia ativa" ocorre quando há uma intervenção direta, como a administração de uma substância letal. Já a "eutanásia passiva" envolve a retirada de tratamentos médicos que estão mantendo a vida do paciente, para permitir que a morte aconteça naturalmente.

Ainda que seja legal em inúmeros países, como a Bélgica, os Países Baixos e o Canadá, em outros, como os Estados Unidos e o Brasil, a eutanásia ainda é ilegal, com algumas exceções que envolvem a retirada de tratamentos médicos, o que pode ser considerado uma forma de "eutanásia passiva".

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