Tutancâmon: Há cem anos era descoberta a tumba totalmente preservada (Getty Images/Exame)
Da Redação
Publicado em 6 de novembro de 2022 às 12h27.
Há cem anos, a comitiva do arqueólogo britânico Howard Carter fazia uma das principais descobertas do mundo: a tumba do faraó Tutancâmon. Localizada no Vale dos Reis, no sul do Egito, a tumba fez do jovem faraó, cuja idade estimada de morte é de 17 a 19 anos, um dos mais famosos da história do Egito Antigo.
Financiado pelo lorde britânico Carnarvon, Carter já estava há anos sem sucesso nas escavações. A região do Vale dos Reis contava com diversos túmulos de farós, mas todos estavam danficados pelo tempo ou já haviam sido saqueados. Na tumba que estava intocada há três mil anos, Carter encontrou o que descreveu como "coisas maravilhosas".
No total, eram cerca de 5,4 mil objetos, que levaram 10 anos para serem catalogados. Eram lanças, roupas limpas, tronos e até mesmo comidas e bebidas. O mais famoso é a máscara mortuária azul e dourada do faraó, que pesa 11 quilos feita em ouro e com lápis lazúli, uma espécie de rocha. Ela só foi descoberta em outubro de 1925.
A máscara cobria o rosto de Tutancâmon que estava cercado por quatro santuários, um sarcófago de pedra e três caixões em forma de múmia um dentro do outro. O corpo estava embalsamado dentro de um caixão de ouro maciço de 225 quilos. Em outra câmara, uma estátua do deus egípcio dos mortos, Anúbis. Há até mesmo uma adaga forjada com uma lâmina de meteorito.
O centenário da descoberta da tumba de Tutancâmon seria comemorado no novo Grande Museu Egípcio, mas a inauguração ainda não aconteceu. A expectativa é de que o edifício com mais de 40 mil metros quadrados comece a receber turistas entre o fim deste ano e o início de 2023. De acordo com a instituição, será o maior complexo de museus arqueológicos do mundo e abrigará mais de 100.000 artefatos.
"Pela primeira vez, toda a coleção de tesouros do rei Tut estará em exibição ao lado de artefatos desde os tempos pré-históricos, passando pelos muitos milhares de anos de civilização faraônica do Egito, até os períodos gregos e romanos antigos [comparativamente] mais modernos da história egípcia", diz o museu em seu site.