Os melhores de 2023 até agora (Universal Studios/ Oppenheimer/Divulgação)
Repórter de POP
Publicado em 22 de dezembro de 2023 às 08h04.
Última atualização em 8 de janeiro de 2024 às 21h26.
O ano de 2023 está dando o que falar no cinema: uma coleção de filmes com recordes de bilheteria estrearam esse ano e ganharam o coração do público. "Barbie", "Oppenheimer" e "Super Mario Bros", "Homem Aranha através do Aranhaverso" e outros são bons exemplos.
Ao longo do ano, outros filmes chegaram com objetivo de conquistar as premiações do Oscar e do Globo de Ouro. "Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes", "Napoleão", "O Assassino da Lua das Flores", "Maestro", "Zona de Interesse" e "A Cor Púpura" entram nessa lista.
A EXAME POP separou um ranking dos melhores 15 filmes lançados até o momento em 2023 — e suas respectivas críticas. Foram considerados como parâmetro para essa lista roteiro, direção, elenco, trilha sonora e relevância para o público. Confira:
Guardiões da Galáxia: Volume 3, foi um dos filmes mais marcantes de 2023 até o presente momento. Terceira e última produção de James Gunn antes do diretor partir para o estúdio concorrente, da DC Filmes, a produção traz uma história mais dramática e focada na vida de Rocket, para encerrar a trilogia dos guardiões.
O longa-metragem traz um respiro para a Marvel depois de alguns fracassos de bilheteria — especialmente após "Homem-Formiga: Quantumania" e "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura".
Onde assistir: Disney +
A nova versão de Willy Wonka é divertida e leve, sem perder o caráter emocionante tão necessário à história — tanto do ponto de vista da comoção quanto do aspecto encantador. Mais parecida com a versão original de 1971, a produção corre na direção oposta ao trabalho de Tim Burton, em 2005. Não demora muito para que a direção de Paul King consiga inserir o público na mágica beleza e ingenuidade do personagem de Chalamet que, por sua vez, surpreende por apresentar um personagem tão carismático.
Quanto à mensagemn do filme, ficou a sensação de que, devagarzinho, o roteiro vai mostrando como nenhum sonho precisa ser vivido sozinho — e isso vale tanto para os personagens quanto para o próprio público.
Crítica: confira o que achamos da produção aqui.
Onde assistir: Em cartaz nos cinemas
Entre as mais aguardadas estreias do cinema estava o filme Dungens & Dragons: Honra entre Rebeldes, produção da Paramount que tinha dois imensos atrativos: temática relevante para o público geek (jogador de RPG) e elenco de peso, composto por atores como Hugh Grant e Chris Pine — que visitaram o Brasil para a CCXP22.
Esperado sob grandes expectativas, o filme chegou aos cinemas brasileiros em abril. Com 2 horas e 14 minutos, o trailer dava pistas de que o conteúdo seria épico; uma típica campanha de RPG, com vários easter eggs do jogo e escolhas de arquétipos mais tradicionais de Dungeons and Dragons: um humano bardo, uma humana bárbara, um elfo mago e uma tifiling druida.
Ainda que tenha uma narrativa bem clichê, o filme é bastante divertido. Amarrado com um bom toque de humor e repleto de referências, é um ótimo entretenimento para ver com os amigos e colegas de RPG.
Crítica: confira o que achamos da produção aqui.
Onde assistir: Prime Video
"A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes" estreou nos cinemas brasileiros em novembro. Baseado no livro derivado da saga, escrito por Suzanne Collins, o longa tem direção de Francis Lawrence e elenco composto por Rachel Zagler, Hunter Schafer, Tom Blyth, Pinter Dinklage, Viola Davis, entre outros. E o corpo de artistas, aqui, é uma parte fundamental da composição desse filme, dividido em três atos. Devo dizer: ele surpreendeu bastante pela qualidade do enredo e atuação dos envolvidos.
Atrativo pela canção que baseia todos os demais filmes, "The Hanging Tree", o novo longa traz a história de Coriolanus Snow e sua ascensão ao poder na Capital, o "estado" mais forte de Panem (onde a história se passa). "A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes" acontece 64 anos antes dos eventos com Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) e Peeta Mellark (Josh Hutcherson), quando Snow ainda era um simples estudante da Universidade da Capital, em uma jornada de ascensão após a guerra.
Crítica: confira o que achamos da produção aqui.
Onde assistir: Em cartaz nos cinemas
"Indiana Jones e a Relíquia do Destino", quinto filme da franquia, estreou nesta quinta-feira, 29, nos cinemas brasileiros. A direção, assinada por James Mangold, relembra os primórdios do arqueologista e comemora, em 2023, os 40 anos de Harrinson Ford à frente do personagem.
Além da incrível atuação de Ford e de todos os outros do elenco, vale também assistir pelo contraste de idades e reflexão do roteiro. O encerramento é bastante controverso. Como vários dos filmes de Mangold, os últimos minutos vão sem dúvida dividir opiniões entre os que o amaram e os que os odiaram.
Crítica: confira o que achamos da produção aqui.
Onde assistir: Disney+
O sexto filme da franquia, que teve início no final dos anos 1990, retoma a história de Sam (Melissa Barrera) e Tara (Jenna Ortega), iniciadas no quinto filme da sequência, lançado em 2022.
Mais de 25 anos depois da estreia do primeiro filme (1996), manter a essência da franquia estava sendo um desafio e tanto para a Paramout, especialmente após o frustrado lançamento do Pânico IV, em 2011. O trabalho de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, nesse caso, foi um tanto quanto produtivo: Pânico V ressurgiu das cinzas para salvar a sequência — e o agora Pânico VI consolidou-a ainda mais.
Como todo filme do Pânico, o filme compensa pela nostalgia. O longa é divertido, tenso, e surpreende pelos plot twists. Vale a pena também para apreciar a homenagem à toda a franquia, muito bem escrita no roteiro.
Crítica: confira o que achamos da produção aqui.
Onde assistir: Paramount+
Existe uma problemática em filmes baseados em eventos históricos que sempre me vem à mente quando assisto algo novo, mas inspirado no que, um dia, foi real: a associação da ficção com a realidade. É algo inevitável, as pessoas associam a imagem do cinema com o que está registrado nos livros de História — e é natural que o façam, porque por trás de todo filme assim há essa representação da realidade.
Mas aí também mora o perigo de trazer à vida algo que não necessariamente aconteceu de verdade, ou mostrar ao público uma visão até mesmo caricata de uma figura histórica importante. É nesse perigo que nasceu "Napoleão", a nova aposta de Ridley Scott, de 85 anos, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 23 de novembro.
O filme, que conta com Joaquin Phoenix (Coringa) no papel principal, explora a vida do complexo imperador da França no final século 18, um período de grandes mudanças na Europa, logo após a Revolução Francesa, iniciada em 1789. Há um enfoque especial nas cartas que Napoleão enviava a sua primeira esposa, Josefina de Beauharnais (Vanessa Kirby), durante suas expedições para conquista de novos territórios.
Crítica: confira o que achamos da produção aqui.
Onde assistir: Em cartaz nos cinemas
"Air: A história por trás do logo" conta com elenco composto por Matt Damon, Viola Davis e Chris Tucker e conseguiu unir a divulgação da marca a uma história emocionante de conquista e reconhecimento. É uma grande mistura de tudo dentro do mundo corporativo: dia a dia no trabalho, ideias criativas, cultura organizacional, falhas na trajetória, inspiração e marcos históricos da Nike ao longo dos anos. E claro: tudo isso caminhando em conjunto da trajetória do início da carreira do icônico Michael Jordan, considerado por muitos como o maior jogador de basquete de todos os tempos.
A história da linha Air Jordans foi um imenso acerto da Nike para revigorar a marca. O filme é divertido, mistura humor, emoção, nostalgia e faz uma bela homenagem à trajetória de Michael Jordan.
Além de uma bonita fotografia de época e trilha sonora empolgante, a trama prende — e faz o público querer ter um exemplar da linha de tênis mais famosa do mundo.
Crítica: confira o que achamos da produção aqui.
Onde assistir: Prime Video
Um dos maiores sucessos de bilheteria do ano foi o filme inspirado nos personagens dos jogos da Nintendo. Com 1,3 bilhão de dólares em bilheteria mundial, a produção se tornou a terceira mais assistida da história do cinema, ultrapassando "Frozen'.
A história segue o mesmo enredo dos jogos: a busca de Mario e Luigi pelo resgate da Princesa Peach em um reino ameaçado pelo rei dos Koopas.
Onde assistir: Amazon Prime Video e Apple TV
Surpreendentemente estrelando em terceiro lugar no ranking está "John Wick: Baba Yaga". O último filme da franquia traz um Keanu Reeves ainda mais imparável do que em todos os demais longas-metragens da história.
Se desde 2014 o público havia se acostumado a vincular o rosto de Reeves à John Wick, agora, mais do que nunca, essa associação está clara: no quarto filme, o papel o vestiu tão bem quanto os elegantes ternos que ele usa em todos os três filmes da franquia. A produção também evidencia o amadurecimento do personagem em uma fotografia impecável para o gênero de ação, o que torna tudo sobre o Baba Yaga ainda mais interessante.
O filme, ainda que tenha uma longa duração e um enredo desprovido de propósito, cumpre tudo aquilo que promete: 3 horas de pancadaria intensas, protagonizadas por Keanu Reeves em um de seus papéis mais fisicamente desafiadores.
Crítica: confira o que achamos da produção aqui.
Onde assistir: Prime Video
A superprodução de Scorsese é uma das favoritas para o Oscar. Na lista de pré-selecionados, aparece em quatro categorias. Leonardo di Caprio, mais uma vez, também é cotado como melhor ator de drama.
A história mostra assassinatos dados a partir de circunstâncias misteriosas na década de 1920, assolando os membros da tribo Osage, e acaba desencadeando uma grande investigação envolvendo o poderoso J. Edgar Hoover, considerado o primeiro diretor do FBI. O elenco é composto por Di Caprio, Lily Gladstone, Robert De Niro, Brendan Fraser, Jesse Plemons, entre outros.
Onde assistir: Prime Video e Apple TV.
Dirigido e protagonizado por Bradley Cooper, “Maestro” veio direto para o catálogo da Netflix e deve ser um forte candidato ao Globo de Ouro e até mesmo ao Oscar. O filme é uma cinebiografia de Leonard Bernstein, que acompanha o relacionamento do maestro ao lado da atriz costarriquenha Felicia Montealegre.
Além da direção de Cooper, assinam como produtores executivos Steven Spielbeg e Martin Scorsese. O elenco é composto também Carey Mulligan, Matt Bomer e Maya Hawke.
Onde assistir: Netflix
Barbie foi o fenômeno de 2023. Com a maior bilheteria do ano, o filme arrecadou incríveis US$1,35 bilhão. Com direção assinada por Greta Gerwig ("Lady Bird") e protagonistas como Margot Robbie, Ryan Gosling e America Ferreira, o longa-metragem entrou de cabeça no mundo cor-de-rosa da Mattel e conseguiu ir além do aspecto plástico da boneca. Está classificado para 12 anos e traz uma boa mescla entre o lar da Barbie — a "Barbielândia" — e o mundo real, complexo e distante do confortável "faz de conta".
Encoberto pelo humor e sem medo de se jogar no "ridículo", a produção entra em uma temática mais complexa, bastante feminista, que se revela um tanto quanto surpreendente no final.
Essa aventura louca e cor-de-rosa tem tudo para se tornar o filme do ano: traz um roteiro surpreendente, que cativa o público feminino e conscientiza o masculino, mas vai além. O filme tem total capacidade de fazer o público rir e chorar, e mistura os sentimentos do espectador de forma brilhante.
Crítica: confira o que achamos da produção aqui.
Onde assistir: Prime Video e HBO Max
Oppenheimer, mais novo filme de Christopher Nolan, fez um tremendo sucesso em julho deste ano. O longa-metragem, 12º da carreira de Nolan, conta a história do 'pai' da primeira bomba atômica, J. Robert Oppenheimer, produzida pelo Projeto Manhattan, no Teste Trinity, e detonada no Novo México em 1945, meses antes do ataque à Hiroshima e Nagazaki — que deixou um total de mais de 110 mil pessoas mortas nas duas cidades.
Baseado na biografia "American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer" (Oppenheimer: o triunfo e a tragédia do Prometheu americano), de Kai Bird e Martin Sherwin, publicada em 2006 e vencedora do Prêmio Pulitzer, o filme não só traz uma das maiores problemáticas do envolvimento dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, como também a explora pela atuação de um elenco brilhante.
"Oppenheimer" não é um filme para qualquer um. Ainda que embebido nas famosas assinaturas de Nolan, esse talvez seja o primeiro longa que traz novos aspectos às produções do diretor, tem uma duração mais longa do que o comum e exige concentração do início ao fim.
Crítica: confira o que achamos da produção aqui.
Onde assistir: Prime Video e Apple TV
"Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" é a segunda animação sobre a história de Miles Morales, o Homem-Aranha negro. A história, lançada cinco anos depois do primeiro filme da trilogia, narra o envolvimento de Morales dentro do multiverso de Homens-Aranha — e as consequências de seus atos em cada um dos universos existentes.
O filme tem um total de 2 horas e 16 minutos e arrancou notas altas da crítica cinematográfica: recebeu 9,1/10 no IMDb e 96% de aprovação no Rotten Tomatoes.
Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" vale cada segundo de sua duração, até mesmo os créditos iniciais. O filme mantém (e amplia) a excelência de seu antecessor, usa a criatividade como ponto de partida e o próprio estilo de animação como narrativa.
Crítica: confira o que achamos da produção aqui.
Onde assistir: HBO Max