Violino Stradivarius está em exibição durante uma prévia do leilão de violino na Sothebys na cidade de Nova York ((Photo by ANGELA WEISS / AFP)/AFP)
Estagiária de jornalismo
Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 09h09.
O "Joachim-Ma Stradivarius", um violino fabricado em 1714 por Antonio Stradivari, está prestes a fazer história novamente. Com o leilão marcado para 7 de fevereiro, na Sotheby’s em Nova York, este objeto pode se tornar o mais caro do mundo, com estimativas que variam entre 12 e 18 milhões de dólares.
Esse instrumento não é apenas uma obra-prima da luthieria; ele carrega uma rica história musical. Já foi tocado por Joseph Joachim, um dos violinistas mais influentes do século XIX, e tem uma trajetória que inclui apresentações em palcos renomados ao redor do mundo.
O leilão faz parte da Masters Week da Sotheby’s, um evento que atrai colecionadores e entusiastas da música clássica. O "Joachim-Ma" tem potencial para superar o recorde atual de 15,9 milhões de dólares, alcançado pelo Lady Blunt Stradivarius em 2011. Este fato destaca não apenas a raridade do violino, mas também o crescente interesse por peças históricas no mercado de arte e música.
Além do valor monetário, o "Joachim-Ma Stradivarius" representa um legado cultural. Ele foi adquirido por Si-Hon Ma, um violinista e professor que deixou o instrumento como legado para o New England Conservatory (NEC) após sua morte em 2009. A receita do leilão será destinada a bolsas de estudo para estudantes do NEC, atendendo ao desejo de Ma de apoiar a educação musical.
Os violinos de Stradivari são conhecidos pela qualidade de seu som e pela habilidade artesanal empregada em sua construção. O "Joachim-Ma" foi feito durante o "Período Dourado" do luthier, que se estendeu de 1700 a 1720. Esse período é reconhecido como o auge da produção de Stradivari, caracterizado pela sonoridade excepcional dos instrumentos.
O nome "Joachim-Ma" faz referência a dois violinistas notáveis que possuíram o instrumento: Joseph Joachim e Si-Hon Ma. Joachim é lembrado por sua amizade com Johannes Brahms e por sua contribuição à música clássica. Estima-se que ele tenha usado este violino na estreia do "Concerto para Violino em Ré Maior" de Brahms em 1879.