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O que muda na HBO com a divisão da Warner e da Discovery?

Warner Bros. Discovery divide seus negócios para dar à HBO mais liberdade de crescimento no mercado de streaming, com foco em conteúdo original e expansão global

Sopranos: série redefiniu o gênero de dramas  (Sopranos/Reprodução)

Sopranos: série redefiniu o gênero de dramas (Sopranos/Reprodução)

Publicado em 9 de junho de 2025 às 12h50.

Última atualização em 9 de junho de 2025 às 17h22.

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A Warner Bros. Discovery anunciou uma reestruturação corporativa radical nesta segunda-feira, 9, que dividirá a empresa em duas entidades independentes e listadas em bolsa.

Uma das empresas será focada no setor de streaming e estúdios de entretenimento, e a outra voltada para a operação de TV por assinatura e canais internacionais. A mudança, embora sem impacto imediato nas operações da HBO, abre um novo capítulo para a gigante do entretenimento, principalmente no que diz respeito à sua presença no mercado de streaming.

A HBO será incorporada à nova divisão de streaming e estúdios, que será liderada por David Zaslav, atual CEO da Warner Bros. Discovery, e terá mais liberdade para focar no crescimento digital, na expansão do HBO Max e em investimentos estratégicos em conteúdo original e de qualidade.

A separação está programada para ser finalizada até meados de 2026, mas a mudança já começa a delinear o caminho para um futuro mais ágil e com maior foco no mercado global de streaming.

A notícia caiu bem nos mercados. Às 12h45, no horário de Brasília, as ações da Warner subiam mais de 8%.

O que muda para a HBO?

A divisão promete trazer uma nova era para a HBO, permitindo que ela se concentre exclusivamente em sua estratégia de crescimento digital e expansão.

A divisão das operações de estúdios e streaming das redes tradicionais vai proporcionar à HBO maior liberdade financeira e estratégica para se destacar no crescente mercado global de plataformas de streaming.

Com o foco renovado, a plataforma do HBO Max, que já está presente em 77 mercados e continuará a ser expandida até 2026, terá mais autonomia para realizar novas aquisições e produzir conteúdos originais ainda mais ambiciosos.

A divisão permitirá também uma abordagem mais direcionada e flexível para o mercado global de entretenimento, o que poderá impactar diretamente a forma como a HBO concorre com outras plataformas de streaming, como Netflix, Amazon Prime Video e Disney+.

Succession: expectativa é que a HBO continue a investir em novas produções originais

Além disso, a separação das operações de TV por assinatura e streaming também facilita a criação de estratégias mais específicas para o conteúdo da HBO, sem a pressão de equilibrar os interesses das redes tradicionais de TV paga, que enfrentam um cenário financeiro desafiador com a queda das assinaturas e receitas.

O impacto financeiro da reestruturação

A reestruturação é vista como uma resposta direta ao desempenho financeiro insatisfatório da Warner Bros. Discovery, que perdeu quase 60% de seu valor de mercado desde a fusão em 2022. O rebaixamento da nota de crédito pela S&P Global, que agora coloca a companhia em grau especulativo, foi um dos fatores que aceleraram a decisão de dividir os negócios.

Com a separação, a Warner Bros. Discovery busca proporcionar maior flexibilidade financeira para cada uma das novas entidades, com um modelo mais ágil e focado nas suas respectivas áreas de atuação. A divisão incluirá também um empréstimo-ponte de US$ 17,5 bilhões junto ao JPMorgan, que será usado para recomprar dívidas existentes, aliviando as pressões financeiras do conglomerado.

A parte responsável pela TV por assinatura e canais internacionais, chamada provisoriamente de Global Networks, continuará operando marcas como CNN, TNT, TBS e Discovery+, além de manter os direitos esportivos locais e o novo serviço de streaming da CNN. Essa divisão será liderada por Gunnar Wiedenfels, o atual diretor financeiro da Warner Bros. Discovery.

Rumo ao futuro: mais foco e agilidade

Com a reestruturação, a Warner Bros. Discovery espera que suas duas novas entidades tenham maior liberdade para explorar suas próprias oportunidades de crescimento e expansão. Ambas as empresas terão o espaço necessário para fazer aquisições estratégicas ou expandir suas operações conforme as necessidades do mercado.

O objetivo é aumentar a competitividade e a flexibilidade no mercado de mídia, que continua a se transformar rapidamente, especialmente com o crescimento do streaming e a queda da TV por assinatura.

David Zaslav, CEO da nova divisão de streaming e estúdios, destacou que a separação ajudará a empresa a concentrar seus recursos e esforços de forma mais eficaz.

"Nossos ativos sempre foram fortes. Agora, damos a eles liberdade para crescer com estratégia e autonomia", afirmou Zaslav, enfatizando que a mudança proporcionará mais foco para áreas essenciais como produção de conteúdo original e expansão internacional da HBO Max.

O futuro da HBO

O futuro da HBO após a reestruturação parece promissor, com um foco contínuo na criação de conteúdo de alta qualidade e na expansão de sua plataforma de streaming. Embora a separação não tenha efeitos imediatos sobre a operação da HBO, é evidente que a divisão das empresas proporcionará mais liberdade para a marca crescer sem as limitações do modelo tradicional de TV por assinatura.

A expectativa é que a HBO continue a investir em novas produções originais, como Euphoria, Succession e outras produções de grande sucesso, enquanto reforça sua presença global no mercado de streaming. A divisão também abrirá novas portas para o serviço de streaming expandir ainda mais sua presença nos mercados internacionais, com novos lançamentos planejados até 2026.

Em resumo, a reestruturação da Warner Bros. Discovery pode ser o início de um novo capítulo para a HBO, dando à marca mais autonomia, flexibilidade financeira e a capacidade de se concentrar no que faz de melhor: criar conteúdo de alta qualidade e expandir sua plataforma de streaming para o público global. Se essa estratégia for bem-sucedida, a HBO pode emergir ainda mais forte no competitivo mercado de mídia do futuro.

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