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O conselho do Instagram para quem quer ganhar seguidores

Longe de mostrar "vida perfeita", executivos mostram que mais autenticidade é essencial em novos formatos priorizados pela rede

Nos Reels, nada de "vida perfeita", seguindo os passos do TikTok (Lorenzo Di Cola/NurPhoto/Getty Images)

Nos Reels, nada de "vida perfeita", seguindo os passos do TikTok (Lorenzo Di Cola/NurPhoto/Getty Images)

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Karina Souza

Publicado em 13 de agosto de 2021 às 18h13.

Última atualização em 15 de agosto de 2021 às 08h00.

Depois de Adam Mosseri, chefe do Instagram, afirmar que a rede social não é mais um aplicativo para compartilhar apenas fotos, novas informações sobre o futuro da plataforma aparecem. Justin Anthony, chefe de conteúdo e de parcerias com criadores, afirmou em entrevista recente que os Reels são, atualmente, o principal formato recomendado para quem está começando a produzir conteúdo na plataforma.

Comprovando o que muitos já sabiam, a empresa deu mais pistas sobre como produzir mais conteúdos virais dentro desse novo formato: apostar em autenticidade e afastar o perfeccionismo.

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"Muitas pessoas sentem que precisam ser perfeitas e temos de lembrá-las constantemente de que quem tem sucesso está apenas sendo autêntico, mantendo a simplicidade", afirmou Mitzi Gaitan, gernete de parcerias estratégicas do Instagram, ao Business Insider. Para a executiva, vale mais a máxima de produzir menos, com mais qualidade.

É um movimento que vai na contramão da forma como a plataforma se estabeleceu: mostrando uma "vida perfeita", sendo inclusive acusado de promover expectativas irreais que se tornaram nocivas para a vida das pessoas, principalmente das mais jovens.

Todas essas mudanças -- de conteúdo e de formato -- não foram necessariamente fáceis para quem já estava acostumado a produzir conteúdo no Instagram. Uma rápida navegação pelo feed mostra que muitos estão insatisfeitos com a distribuição de Reels "tomar o lugar" de outros formatos anteriores.

Mirando em mais popularidade para conciliar mudanças como essa, Mark Zuckerberg anunciou um investimento de US$ 1 bilhão para pagar criadores de conteúdo no Facebook e no Instagram. Ainda não há detalhes de como o dinheiro será distribuído, tendo somente a informação de que o montante deve ser investido até 2022.

São movimentos para tentar conciliar o avanço meteórico que o TikTok alcançou no último ano: em 2020, o app ultrapassou o Facebook e se tornou o aplicativo mais baixado do ano, segundo dados da App Annie, que monitora esse mercado. No Brasil, a vice-liderança é ocupada pelo aplicativo de mensagens e, somente em terceiro lugar está o Instagram.

Além do dinheiro, a ser distribuído, as empresas de Zuckerberg querem mostrar que não ficaram para trás. Como forma de brigar nesse ambiente em que a competição se torna cada vez mais acirrada, o Instagram defende que o próprio diferencial está em ter o máximo possível de recursos disponíveis -- o que pode permitir aos criadores de conteúdo atrair uma audiência mais diversificada do que se só oferecesse vídeos.

"Não é que você precise usar todos os recursos disponíveis para ter sucesso no Instagram, mas com tantos recursos disponíveis, é possível atrair diferentes tipos de audiência", afirmou Justin ao Business Insider.

Mesmo em aparente vantagem em número de downloads, o TikTok não está parado neste páreo. A plataforma lançou recentemente uma função similar aos stories, do Instagram, também omo forma de diversificar a audiência. Do lado financeiro, o app de vídeos anunciou que vai vender algoritmos como forma de sustentar o negócio a longo prazo -- ou seja, compartilhar a inteligência artificial que desenvolveu, para outras empresas. A briga ainda vai longe.

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