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O cérebro muda quando está apaixonado? Entenda o que a paixão faz no nosso corpo

Descubra como a oxitocina, conhecida como o hormônio do amor, influencia na formação de vínculos afetivos e no prazer de estar com a pessoa amada

Oxitocina: o hormônio do amor e seus efeitos nos relacionamentos (gpointstudio/ Freepik/Divulgação)

Oxitocina: o hormônio do amor e seus efeitos nos relacionamentos (gpointstudio/ Freepik/Divulgação)

Edicase
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Agência de notícias

Publicado em 10 de junho de 2023 às 10h20.

A oxitocina, conhecida como o “hormônio do amor”, desempenha um papel crucial na formação de vínculos afetivos e no fortalecimento dos relacionamentos.

Produzida no hipotálamo (que coordena a maioria das funções endócrinas) e liberada pela neuro-hipófise (extensão do encéfalo), ela é responsável por promover sentimentos de afeição, intimidade e confiança.

Hormônios do amor

O processo de conquista e sedução envolve o cérebro, que trabalha intensamente para preparar o corpo e o comportamento, estimulando o centro de recompensa e proporcionando sensações prazerosas e desejo sexual.

“A dopamina, um neurotransmissor, aciona o sistema de recompensa e desencadeia a liberação da testosterona que estimula a libido em homens e mulheres”, explica o neurocirurgião e neurocientista Dr. Fernando Gomes, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Ele acrescenta que a prolactina, também um hormônio, está relacionada com a satisfação sexual, e a oxitocina relaciona-se com a sensação de intimidade e aconchego. Sua produção e secreção ajudam as pessoas a se amarem e ficarem juntas por muito tempo.

Algumas áreas do cérebro são “desligadas”

O médico conta que certas áreas do cérebro precisam ser “desligadas”, tanto nos homens como nas mulheres, para que outras áreas possam ser ativadas durante a conquista, o desejo e a companhia da pessoa amada. “Em especial, as amígdalas, nos lobos temporais, centro da ‘defesa’ de fuga ou luta, são ‘desligadas’, e centros do prazer são ativados, como a área tegmental ventral”, detalha o Dr. Fernando Gomes Pinto, neurocirurgião e membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN).

Nas mulheres, o córtex orbitofrontal lateral esquerdo, responsável pelo controle de desejos elementares, silencia-se também. E, então, elas podem “relaxar” suas preocupações e simplesmente amar e serem amadas.

Pensamentos na pessoa amada

O centro do prazer tanto do homem como da mulher está localizado no hipotálamo. De acordo com o Dr. Fernando, uma pessoa amada é alguém com potencial para acionar a nossa área do prazer hoje e, se der tudo certo, para sempre.

“É por isso que os nossos pensamentos, desejos e sonhos, gerados e interpretados nos nossos lobos frontais, sempre nos impulsionam a pensar na pessoa amada. Principalmente na fase de namoro, na fase da paixão”, revela.

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