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Netflix se recupera após falha na estreia de Stranger Things

Plataforma registrou mais de 14 mil reclamações durante lançamento da série nos EUA

Stranger Things: sucesso global da Netflix gerou milhões em receitas (Divulgação/Netflix)

Stranger Things: sucesso global da Netflix gerou milhões em receitas (Divulgação/Netflix)

Publicado em 27 de novembro de 2025 às 06h11.

As coisas ficaram realmente estranhas para a Netflix na madrugada desta quinta-feira, 26, após o lançamento da primeira parte da última temporada de Stranger Things.

A plataforma ficou fora do ar por cerca de uma hora para diversos usuários no mundo, segundo dados do site Downdetector. No Brasil, o pico de reclamações foi às 22h, no horário de Brasília — curiosamente o horário de estreia da série.

A Netflix afirmou, segundo a Reuters, que o problema afetou apenas dispositivos de TV e foi resolvido em até cinco minutos após a detecção.

Stranger Things é a terceira série em inglês mais assistida da história do serviço de streaming, segundo ranking divulgado pela empresa.

A Netflix já enfrentou instabilidades em eventos anteriores, como o reality show ao vivo Love is Blind e a transmissão do evento de boxe entre Mike Tyson e Jake Paul.

O sucesso dos estranhos

Desde 2020, a série gerou mais de US$ 1 bilhão em receita e atraiu cerca de 2 milhões de novos assinantes para a gigante do streaming, segundo dados da Parrot Analytics. Com a temporada final chegando na quarta-feira, 26, a expectativa é que o valor total supere os US$ 2 bilhões, o que deve consolidar a produção como marca global. E não só uma série de TV.

Como a Netflix transformou Stranger Things em máquina de fazer dinheiro

Mais do que uma série, uma propriedade intelectual

Nos últimos anos, o sucesso de Stranger Things tem sido comparado com a saga de Star Wars.

Não por causa dos sabres de luz ou das batalhas no espaço, mas pela forma como as duas propriedades foram estruturadas para transcender o formato original e se tornar marcas de longo prazo com presença em múltiplos setores da indústria do entretenimento.

A comparação faz sentido porque ambas operam como ecossistemas narrativos e comerciais. Em vez de se limitarem à exibição de episódios ou filmes, são exploradas em produtos, experiências, jogos, espetáculos e narrativas derivadas.

Mesmo sem o vasto universo ficcional de Star Wars, Stranger Things aposta em elementos reconhecíveis — personagens, estética visual, trilha sonora, ícones como o Hellfire Club ou o Demogorgon — que sustentam uma cadeia contínua de consumo e engajamento.

Como em Guerra nas Estrelas, a base de fãs de Stranger Things não consome apenas a história, mas o que ela representa. É essa transferência de valor simbólico que permite a Netflix transformar uma série de TV em uma propriedade intelectual durável. A estratégia é manter a marca ativa mesmo após o fim da série, exatamente como a Lucasfilm fez após o Episódio VI.

A força dessa abordagem está em tratar o conteúdo não como um fim, mas como um ponto de partida para monetização em larga escala. Foi assim com os Jedi, e é assim agora com Hawkins.

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