Stranger Things: última temporada da série será lançada nesta quarta-feira (Stranger Things/Netflix)
Repórter
Publicado em 26 de novembro de 2025 às 11h14.
A quinta temporada de Stranger Things, que estreia nesta quarta-feira, 26, não marca apenas o fim de uma série. Representa uma virada no modelo de negócios da Netflix: o foco deixa de ser volume de lançamentos e passa a ser propriedade intelectual durável — uma estratégia já conhecida no ecossistema da Disney.
Desde 2020, Stranger Things gerou mais de US$ 1 bilhão em receita direta e movimentou mais US$ 200 milhões com produtos licenciados. Com o encerramento da série, o valor total pode ultrapassar US$ 2 bilhões. O conteúdo episódico termina. A franquia começa.
Como a Netflix transformou Stranger Things em máquina de fazer dinheiro
Ao moldar Stranger Things como marca, a Netflix segue a mesma lógica de Star Wars, Marvel e Frozen: personagens, estética e símbolos tornam-se ativos reaproveitáveis em múltiplos formatos — filmes, séries derivadas, eventos, teatro e produtos.
Em vez de um catálogo com séries descartáveis, a plataforma constrói um portfólio de IPs com capacidade de gerar receita por tempo indeterminado.
A aposta em propriedades intelectuais (IP, na sigla em inglês) transforma o conteúdo em negócio recorrente. Com mais de 150 produtos licenciados, Stranger Things é hoje a franquia mais rentável da história do streaming. A longevidade da marca compensa o investimento de US$ 480 milhões na última temporada.
Para a Netflix, a lógica não é mais lançar séries de sucesso pontual, mas desenvolver universos próprios que sustentem engajamento contínuo.
A Netflix já prepara o futuro de Stranger Things com spin-offs, animações e experiências temáticas. A propriedade intelectual vira plataforma, e o streaming entra na era das franquias — com menos volume e mais retorno por marca consolidada.
A meta é clara: transformar histórias em ativos estratégicos. Exatamente como a Disney fez com seus maiores sucessos.