Após sucessivos adiamentos, lançamento foi confirmado pela Nasa (EVA MARIE UZCATEGUI/AFP/Getty Images)
A Nasa anunciou para esta segunda-feira, 27, o lançamento do foguete “Electron” da missão lunar CAPSTONE (sigla para "Cislunar Autonomous Positioning System Technology Operations and Navigation Experiment"). Esse acontecimento apoiará as futuras missões do Programa Artemis.
O lançamento que inicialmente estava marcado para 2021, sofreu diversos adiamentos nos últimos meses. Só neste ano foram anunciadas cinco datas diferentes: 27 de maio, 31 de maio, 6 de junho, 13 de junho, 25 de junho e agora oficialmente 27 de Junho.
Em seu Twitter, a agência divulgou que o lançamento está previsto para às 7h da manhã no horário de Brasília, partindo do Complexo de lançamento 1 da empresa na Península de Mahia, na Nova Zelândia. O evento será transmitido em tempo real através do site da NASA TV e no canal do Youtube.
LAUNCH UPDATE: To allow more time for rocket preparations, we are now targeting no earlier than June 27, 2022, for the launch of the #CAPSTONE spacecraft. Find the latest updates on the #Artemis blog: https://t.co/ohydlEIlDD pic.twitter.com/pltZcfEQtz
— NASA Ames (@NASAAmes) June 23, 2022
Uma vez lançado, a espaçonave CAPSTONE com apenas 25 kg, viajará para uma órbita de halo quase retilínea (NRHO) ao redor da Lua. Ela estudará esta órbita que será ocupada pela estação lunar Gateway, atuando como um ponto de apoio aos astronautas nas missões.
As agências Nasa e ESA (Agência Espacial Europeia) anunciaram em 2020 um acordo para construção de uma estação espacial na órbita da Lua. Esse foi o primeiro compromisso formal do programa Artemis.
Programa espacial ambicioso quer enviar primeira mulher e primeira pessoa negra à Lua em 2024; objetivo é estabelecer presença permanente no satélite e, eventualmente, chegar até Marte
Outro objetivo do programa Artemis é estabelecer uma presença norte-americana permanente na Lua até o final desta década. A agência espacial quer "colonizar" o satélite natural para ter um lugar para astronautas (e, eventualmente, qualquer pessoa) ficarem antes de viajar até o planeta final: Marte.
A missão ambiciosa tem apoio do governo norte-americano. Só em 2009, o ex-presidente Barack Obama cancelou o projeto (que, na época, era uma versão diferente do projeto que conhecemos hoje), porque o plano "havia se tornado inviável".
Uma versão do programa só foi reestabelecida em 2017 com o ex-presidente Donald Trump. Dois anos depois, o ex-vice Mike Pence anunciou que a missão seria acelerada em 4 anos, com pouso planejado para 2024.
Agora, na presidência de Joe Biden, a Nasa recebeu o maior "orçamento para a ciência de todos os tempos", de acordo com administrador da agência espacial, Bill Nelson. São 24,8 bilhões de dólares para 2022, destinados para pavimentar o caminho para o próximo pouso humano na Lua.
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