Isla McNabb: com apenas 2 anos de idade, ela é o membro mais novo a entrar na sociedade de gênios Mensa (Amanda McNabb/Reprodução)
Laura Pancini
Publicado em 1 de julho de 2022 às 15h31.
Última atualização em 1 de julho de 2022 às 15h43.
Uma criança de 2 anos acaba de se tornar o membro mais jovem da Mensa, sociedade de gênios prestigiada. Isla McNabb, de Kentucky, nos Estados Unidos, acaba de entrar para o 1% das pessoas mais inteligentes do mundo.
Jason e Amanda McNabb decidiram testar o QI de sua filha após ela começar a nomear objetos ao redor da casa. Utilizando letras de brinquedo, Isla nomeou as cadeiras, o sofá, a TV e Booger, o gato da família.
Apesar de ser um gênio, Isla não deixa de aproveitar a infância. Ela brinca ao ar livre, assiste a programas na TV e lê livros infantis — e não deixa os pais dormirem de madrugada, uma desvantagem que parece ser mais comum em crianças altamente inteligentes.
De acordo com o Washington Post, o pai de Isla disse que passou por alguns momentos que "arrepiou o cabelo na nuca" nos primeiros dois anos de vida de sua filha. Ele passou a perceber o quão inteligente sua filha poderia ser, e ele e sua esposa começaram a fazer alguns testes em casa.
Isla tinha afinidade com o alfabeto e vinha soando as letras por conta própria. Então, os pais começaram a ensinar Isla todas as letras de uma palavra, depois a palavra sozinha. Assim, testavam sua capacidade de juntar as letras e acertar o som da palavra.
Nomeando várias cores, Isla passou o teste. Ela aprendeu centenas de palavras — os pais afirmam que Isla já aprendeu mais de 500 — e hoje é capaz de ler, uma capacidade que a maioria das crianças não desenvolve até os 6 ou 7 anos.
Depois, Isla mostrou que era capaz de contar (inclusive ao contrário) e escrever.
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A Mensa é a sociedade de alto QI mais antiga e popular do mundo. Os membros têm de obter 98% ou mais em um teste de QI padrão para entrar.
Ao todo, existem 134 mil membros em 100 países. Os EUA têm o maior número (57 mil pessoas), seguido do Reino Unido (21 mil).
A neuropsicóloga catarinense Leninha Wagner, especialista em testes de QI, explica como se define a inteligência: “Ela é a ‘qualidade mental’ que consiste nas habilidades de aprender com a experiência, adaptando-se a novas situações, compreendendo e gerenciando conceitos abstratos e o uso do conhecimento para manipular o próprio ambiente".
Já o Quociente de Inteligência, ou simplesmente conhecido por QI, “se refere a uma medida padronizada da capacidade cognitiva de uma pessoa, estipulada cientificamente a partir de testes”.
Leninha conta que a medição é realizada através de testes padronizados, com o objetivo de mensurar a inteligência da pessoa: “Baseia-se em um conjunto de tarefas, verbais ou não verbais, em que são exigidos tipos particulares de comportamentos. Esses testes buscam determinadas respostas diante de situações problemas, que permitem verificar as habilidades e os tipos de relações que o indivíduo é capaz de estabelecer com o meio”.
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Feito o resultado, é preciso saber interpretá-lo. A neuropsicóloga explica os valores encontrados: “Quando uma pessoa se submete a testagem de QI e alcança resultado entre 115 e 129 ele está acima da média. Superdotado de 130 a 144 pontos e gênio acima de 144 pontos”.
A neuropsicóloga aponta as características de pessoas com alto QI. “Pessoas com altas habilidades, ou superdotados, ou ainda gênios, podem ter um comportamento supernormal socialmente. Porém, certamente irão apresentar uma maior velocidade no processamento de dados”.
Para os pais e responsáveis que desejam avaliar o QI de seus filhos, não há empecilhos para que passem pelos testes. “As crianças podem ser testadas e confirmar que são portadoras de alto QI e/ou altas habilidades”, acrescenta.
“Com o resultado em mãos, os pais podem procurar as melhores escolas que permitirão o pleno desenvolvimento dos pequenos, o que irá ajudar e muito na construção de um futuro brilhante para eles, pois eles se sentirão desafiados e poderão desenvolver ainda mais suas capacidades”, conclui.
(Com informações de Agência Brasil)