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Médico surfista descobre como se salvar de mordida de tubarão

O médico espera que a técnica alcance cerca de 500.000 surfistas australianos, para os quais os "encontros" com esses tubarões não são mais excepcionais

Tubarão: Uma grande parte dos ferimentos mortais de tubarão acontece nas pernas, deixando a vítima sangrar até a morte, mesmo que consiga retornar à costa (AFP/AFP)

Tubarão: Uma grande parte dos ferimentos mortais de tubarão acontece nas pernas, deixando a vítima sangrar até a morte, mesmo que consiga retornar à costa (AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2021 às 11h21.

Última atualização em 24 de setembro de 2021 às 12h54.

Um médico surfista descobriu uma técnica pioneira de primeiros socorros para salvar pessoas que forem atacadas por tubarões.

Nicholas Taylor é reitor da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional Australiana e o seu estudo foi publicado na revista científica Emergency Medicine Australasia na quinta-feira, 23.

A pesquisa de Taylor mostra uma técnica de compressão que é mais eficaz do que tentar conter o sangramento com os tradicionais torniquetes. A orientação do médico é encontrar o ponto médio entre os quadris e os órgãos genitais, fechar o punho e pressionar o máximo que puder. Segundo o estudo, apertar o punho e pressionar a artéria femural deteve 89,7% do fluxo sanguíneo, em comparação com 43,8% por torniquete improvisado com a corda da prancha de surfe.

Normalmente os ataques mortais dos tubarões são nas pernas. As vitimas em sua maioria sangram até morrer, mesmo quando conseguem voltar para a costa.  "Sabia, por minha experiência em medicina de emergência, que, com um sangramento abundante na perna, pode-se pressionar com muita força a artéria femural e praticamente cortar todo fluxo sanguíneo para a perna desta forma", disse o médico surfista em um comunicado publicado nesta sexta-feira, 24.

Espera-se que a descoberta ajude cerca de 500.00 surfistas na Austrália. Os ataques de tubarão que antes eram raros, vêm aumentando no país, em parte, pelo maior número de pessoas nas praias. "Quero cartazes nas praias. Quero que isso seja difundido na comunidade do surfe. Quero que as pessoas saibam que, se alguém for mordido, podem tirá-lo da água, pressionar o mais forte possível neste ponto central e que isso pode interromper quase todo fluxo sanguíneo", afirmou o médico.

Com informações da AFP.

 

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