Sabrina Carpenter: talento da Universal Music que viralizou nas redes (Astrida Valigorsky/Getty Images)
Repórter
Publicado em 19 de maio de 2025 às 08h59.
A última semana foi especialmente positiva para o mercado ligado à indústria da música.
O índice Billboard Global Music Index (BGMI) subiu 3,1%. E alcançou um novo recorde: 2.794,37 pontos. Com isso, o avanço acumulado no ano já chega a 31,5%.
O desempenho melhorou por causa dos ótimos resultados de empresas como a Sphere Entertainment. Ela teve um aumento de 19,3% após reportar lucro estável, mesmo com a queda nas receitas de eventos.
Além disso, as chinesas Tencent Music Entertainment e NetEase Cloud Music subiram 18% e 12,6%, respectivamente.
A Tencent reportou alta de 17% na receita com assinaturas de música e fechou o trimestre com 122,9 milhões de usuários pagos. Já a Cloud Music viu sua divisão de música crescer 23% no ano, mesmo com queda nas receitas de entretenimento social.
Em 2025, as ações dessas empresas têm mostrado força. A Cloud Music já acumula valorização de 81,3% no ano, enquanto a Tencent avançou 49,1%. A sul-coreana SM Entertainment, apesar de ter recuado 5,2% na semana, ainda registra alta de 64,9% em 2025.
Outro destaque foi a Live Nation, que subiu 8,2% mesmo enfrentando uma investigação antitruste nos Estados Unidos sobre políticas de reembolso durante a pandemia. A empresa está 14% acima no acumulado do ano.
A maior companhia do índice, a Spotify, ganhou 1,2% e fechou a semana a US$ 656,30.
Um novo parecer favorável no processo da Epic Games contra a Apple, que pode beneficiar a monetização de audiolivros na plataforma, fez a Guggenheim elevar seu preço-alvo para US$ 725.
Na Europa, Universal Music Group e Warner Music Group subiram discretamente, com altas de 0,9% e 1,2%, respectivamente. A alemã CTS Eventim subiu 3,2% após receber cobertura positiva do banco Barclays. Já a SiriusXM saltou 5,4%.
A semana foi de otimismo nos mercados globais, com alta de 7,2% no Nasdaq e 5,3% no S&P 500. O
alívio nas tensões comerciais entre EUA e China, com redução de tarifas, impulsionou o sentimento dos investidores.
No entanto, nem tudo são aplausos.
Relatos de desaceleração no porto de Los Angeles e queda no índice de sentimento do consumidor nos EUA indicam que há incertezas no horizonte.
Mesmo assim, a indústria musical continua provando sua resiliência — com números, assinantes e lucros que fazem mais do que tocar: encantam o mercado.