Jards Macalé: músico e compositor morreu nesta segunda-feira, aos 82 anos (Facebook Jards Macalé/Reprodução)
Repórter
Publicado em 17 de novembro de 2025 às 17h32.
Última atualização em 17 de novembro de 2025 às 17h51.
Jards Macalé, músico e compositor, morreu nesta segunda-feira, 17, no Rio de Janeiro, aos 82 anos. A informação foi divulgada por meio das redes sociais do artista.
Internado em um hospital na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense, Macalé tratava um quadro de enfisema pulmonar. De acordo com a nota oficial, ele sofreu uma parada cardíaca nesta segunda-feira.
"Jards Macalé nos deixou hoje. Chegou a acordar de uma cirurgia cantando "Meu Nome é Gal", com toda a energia e bom humor que sempre teve.
Cante, cante, cante.
É assim que sempre lembraremos do nosso mestre, professor e farol de liberdade.
Agradecemos, desde já, o carinho, o amor e a admiração de todos. Em breve informaremos detalhes sobre o funeral. 🖤
“Nessa soma de todas as coisas, o que sobra é a arte.
Eu não quero mais ser moderno, quero ser eterno.” — Jards Macalé, diz o texto divulgado nas redes sociais do artista.
Nascido no Rio de Janeiro, em 1943, Jards Anet da Silva – seu nome de batismo – iniciou sua carreira no final da década de 1960. Na época, ele era visto como vanguardista pela forte personalidade e rejeição aos padrões comerciais na indústria da música. Por isso, ganhou o apelido de "anjo torto" da MPB.
Em 1969, o artista recebeu finalmente o reconhecimento com "Gotham City", no IV Festival Internacional da Canção.
Seu primeiro álbum, "Jards Macalé". foi lançado em 1972, trazendo uma mistura de diversos estilos, como blues, rock, jazz, baião e samba. Nesse período, ele também conquistou o público com composições como “Vapor Barato” e “Movimento dos Barcos”, além de manter presença constante em festivais e movimentos culturais.
A trajetória de Macalé foi marcada pela atuação na Música Popular Brasileira (MPB), com colaborações junto a nomes como Gal Costa, Gilberto Gil e Caetano Veloso, especialmente durante os anos 1970. Conhecido por seu estilo irreverente e experimental, ele também participou de trilhas sonoras para o cinema nacional.