A Chilli Beans está – literalmente – inventando moda. Ao invés da campanha publicitária tradicional, repleta de sorrisos reais e lentes que refletem, a empresa de Caito Maia fez parceria com o SAL2 Studio, do casal Kevin Saltarelli e Carlos Sales, para gerar imagens hiper realistas através de ferramentas de IA (inteligência artificial).

O resultado são fotos que, em essência, não existem – e todas as imperfeições tão comuns em imagens geradas por IA foram mantidas, mas sempre seguindo a temática de brasilidades. “Somos uma empresa com atitude para arriscar e sair da caixa. E a bola da vez é a IA”, disse Cauê Sanchez, Head de Marketing da marca.

A campanha “Se não existe, a gente inventa” chega às lojas da Chilli Beans ainda no meio de abril. Junto com ela vêm também as principais coleções de 2023, ligadas aos pilares da marca (moda, música, arte e geek) e em parceria com celebridades como Bianca Andrade (Boca Rosa) e Carlinhos Maia.

Foram geradas mais de 10 mil imagens através do modelo de cocriação com a IA para chegar nas seis cenas finais da campanha. Até o texto da locução do filme foi gerado pelo ChatGPT, a inteligência artificial que está no caminho de ser a versão aprimorada do Google.

“Nossa ideia é testar essa nova realidade e fazer uma brincadeira com o que, na real, não existe. E assim como fazemos com nossos produtos, a gente vai lá e inventa”, disse Caito Maia, fundador da rede especializada em óculos escuros. “É sensacional essa nova possibilidade, com todas as imperfeições e provocações que ela traz.”

 

 

Como foi feita a campanha?

Para desenvolver a campanha, a marca fez parceria com o SAL2 Studio. O casal Kevin Saltarelli e Carlos Sales é pioneiro em trabalhos com IA – enquanto Kevin é especialista em BI, Carlos é fotógrafo de moda e publicidade, a fusão perfeita para uma parceria com a Chilli Beans.

Eles combinaram diversas ferramentas de IA (MidJourney, Stable Diffusion e DALL-E) para gerar a composição das imagens simultaneamente. A House Chilli Beans participou de toda a parte criativa da campanha, assegurando que o estilo e a identidade da marca estivessem presentes nas imagens.

“Neste processo ficamos fascinados em entender um pouco de como a plataforma “pensa”, e em respeito à essa inteligência achamos interessante, ao invés de corrigir, preservar algumas anomalias no processo de geração das imagens”, acrescentou José Caporrino, CCO da Chilli Beans. “O curioso é que as pessoas levam um tempo para descobrir essas anomalias, quando descobrem.”