Jacob Elordi: ator interpreta a Criatura de Victor Frankenstein (Ken Woroner/Netflix/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 11 de novembro de 2025 às 13h16.
O novo "Frankenstein", dirigido e roteirizado por Guillermo del Toro, estreou na Netflix em 7 de novembro e rapidamente conquistou o público: o filme lidera o ranking de títulos mais assistidos da plataforma em mais de 80 países.
Antes de chegar ao streaming, o terror teve uma passagem curta pelos cinemas — foi exibido nos Estados Unidos em 17 de outubro, para se qualificar ao Oscar, e entrou em cartaz no Brasil em 23 de outubro.
A adaptação acompanha Victor Frankenstein (Oscar Isaac), um cientista brilhante, porém egocêntrico, que dá vida a uma criatura (Jacob Elordi) em um experimento monstruoso que acaba levando à ruína tanto o criador quanto sua trágica criação. O elenco ainda conta com Mia Goth ("Pearl") na adaptação da obra de Mary Shelley.
Guillermo del Toro manteve em “Frankenstein” uma de suas marcas registradas: a preferência por efeitos práticos e artesanais em vez de depender do CGI.
Durante a coletiva no Festival de Veneza, o ator Christoph Waltz chegou a resumir o espírito da produção com humor: “CGI é para perdedores”.
Del Toro, porém, esclareceu que não é contra os efeitos digitais. “Como cineasta, não existe recurso ruim, apenas recurso mal utilizado. Temos efeitos digitais, mas você só os usa quando o limite do físico não é uma solução fácil. Quanto mais experiência você tem com as ferramentas, mais sabe fazer um trabalho refinado com elas”, afirmou.
A dedicação à maquiagem foi levada ao extremo. Jacob Elordi contou, no The Tonight Show Starring Jimmy Fallon, que passou 11 horas na cadeira de maquiagem para se transformar na criação de Victor Frankenstein.
“Foi o tempo perfeito. Normalmente você não tem tanto tempo durante as filmagens para realmente entrar no personagem”, disse o ator. “Foi o tempo ideal para deixar tudo para trás e me tornar outra coisa. Espero que sim.”
O artista de próteses Mike Hill, em entrevista à Variety, revelou que o visual da criatura foi guiado pela proposta emocional do diretor — mais humana do que monstruosa. “Queríamos nos afastar dos zumbis tradicionais ou de qualquer coisa parecida”, afirmou.
Segundo Hill, quase todo o rosto de Elordi foi coberto por próteses: “As únicas partes que ainda eram Jacob eram a ponta do nariz, o lábio superior e o queixo. O resto era todo de borracha, com uma nova sobrancelha esculpida.”
O maquiador contou ainda que o corpo foi criado para refletir a origem da criatura, formada por partes humanas retiradas de um campo de batalha. “O corpo precisava parecer costurado, com tons de pele diferentes”, explicou. Mesmo após repetir o processo cerca de 20 vezes, Elordi nunca reclamou, segundo Hill.