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'Hobbit' é encontrado na Indonésia e tem crânio reconstruído em 3D

Pesquisadores das universidades de Duke e de Bolonha apontam que hominídeo, descoberto nas florestas do país asiático, era pequeno e tinha mandíbulas robustas

Crânio do Hobbit encontrado na Indonésia reconstituído por tomografia computadorizada (divulgação/Divulgação)

Crânio do Hobbit encontrado na Indonésia reconstituído por tomografia computadorizada (divulgação/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2021 às 11h33.

Última atualização em 1 de setembro de 2021 às 16h43.

O escritor britânico John Ronald Reuel Tolkien, mais conhecido como J. R. R. Tolkien, autor de O Hobbit e Senhor dos Anéis, pode ter tirado parte de sua inspiração de conhecimentos ancestrais de povos asiáticos, que acreditavam na existência de criaturas diminutas com uma estrutura física própria. Agora, pesquisadores da Universidade de Duke, dos Estados Unidos, e de Bolonha, na Itália, conseguiram construir modelos 3D do crânio de um fóssil danificado de um hominídeo conhecido como Hobbit, que viveu nas florestas da Indonésia entre 100.000 e 60.000 anos atrás.

O fóssil mostra que ele tinha um corpo pequeno e características morfológicas como mandíbulas robustas e grandes pré-molares.

Os pesquisadores utilizaram tomografia computadorizada e simulações 3D para entender os hábitos e características do Homo floresiensis, nome científico do hominídeo. Os resultados foram comparados a testes semelhantes de crânios de chimpanzés, humanos modernos e ancestrais da espécie que viveram na África há dois ou três milhões de anos.

“O crânio exibe uma mandíbula pesada, geralmente associada a ancestrais humanos anteriores, e um rosto menor, mais parecido com o dos humanos modernos”, disse a pesquisadora Rebecca Cook, da Universidade de Duke.

O método levou a descobertas sobre o grau de rigidez da estrutura óssea do Hobbit e a fisiologia dos músculos, importante para entender, por exemplo, o processo de mastigação. Os cientistas concluíram que o hominídeo cortava os alimentos com ferramentas e provavelmente os cozinhava.

Agora, os cientistas pretendem analisar como o Homo floresiensis se encaixa na árvore evolutiva humana. Segundo Justin Ledogar, da Universidade de Duke, deverão ser feitas comparações do crânio reconstituído do hominídeo com outros representantes do gênero, como o Homo erectus.

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