Jacob Elordi (Criatura) e Oscar Isaac (Victor Frankenstein): filme de Guilherme del Toro chegou à Netflix no último dia 7 de novembro (Ken Woroner/Netflix/Divulgação)
Repórter
Publicado em 11 de novembro de 2025 às 09h38.
O novo "Frankenstein", dirigido por Guillermo del Toro, chegou à Netflix no último 7 de novembro e rapidamente se tornou um fenômeno: o longa ocupa o primeiro lugar entre os filmes mais vistos da plataforma em mais de 80 países.
Antes da estreia no streaming, o terror teve uma exibição limitada nos cinemas dos Estados Unidos em 17 de outubro, para se qualificar ao Oscar, e chegou aos cinemas brasileiros em 23 de outubro.
A produção, estrelada por Oscar Isaac ("Cavaleiro da Lua"), Jacob Elordi ("Saltburn") e Mia Goth ("Pearl"), se distancia do romance gótico de Mary Shelley ao transformar o horror em um drama sobre perdão e trauma.
Durante participação no programa The Tonight Show Starring Jimmy Fallon na sexta-feira, 7, Jacob Elordi contou que passou 11 horas na cadeira de maquiagem para se transformar na criação de Victor Frankenstein.
“Foi o tempo perfeito. Normalmente você não tem tanto tempo durante as filmagens para realmente entrar no personagem”, disse Elordi. “Foi o tempo ideal para deixar tudo para trás e me tornar outra coisa, eu acho. Espero que sim.”
O ator também comentou sobre a construção da movimentação do personagem. “Pensei em como é quando você tenta acordar o pé depois de ficar muito tempo sentado. Ele não responde ao seu cérebro. Coisas assim, como o pé de outra pessoa se moveria no seu corpo?”, explicou.
Em entrevista à Variety, o artista de próteses Mike Hill contou que a concepção visual da criatura seguiu a proposta emocional de del Toro — mais humana do que monstruosa. “Queríamos nos afastar dos zumbis tradicionais ou de qualquer coisa parecida”, afirmou Hill.
Segundo ele, quase todo o rosto de Elordi foi coberto por próteses. “As únicas partes que ainda eram Jacob eram a ponta do nariz, o lábio superior e o queixo. O resto era todo de próteses de borracha e uma nova sobrancelha esculpida”, explicou.
O maquiador detalhou que o design do corpo refletia a origem da criatura, composta por partes humanas retiradas de um campo de batalha. “O corpo precisava parecer costurado, com tons de pele diferentes”, disse Hill, que também revelou que o ator nunca reclamou, mesmo após repetir o processo cerca de 20 vezes.
Hill ressaltou ainda que o foco deveria permanecer nos olhos do ator, para manter a humanidade do personagem. “Guillermo me ensinou esse truque: se o rosto fica muito exagerado, o público se distrai.”